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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Queda das exportações de frango tende a reduzir preços aqui dentro

Lauro Veiga Filhopor Lauro Veiga Filho em 22 de maio de 2025
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Até o momento, segundo nota oficial divulgada ontem pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), vinte e dois países e a União Europeia já
haviam anunciado a suspensão total das compras de carne de frango do Brasil. Mesmo temporária, a decisão poderá afetar diretamente em torno de
55,7% das exportações brasileiras de frango, participação registrada no ano passado por aquele grupo de países e pelo bloco europeu, o que correspondeu a algo próximo de US$ 5,525 bilhões de um total de US$ 9,742 bilhões exportados pelo setor.

Os principais mercados de destino do frango brasileiro, como se sabe, começaram a acionar medidas de restrição às exportações do setor depois
de confirmado o primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma unidade comercial de produção de aves na região de Montenegro (RS), em 15 de maio. Na mesma data, o Mapa já havia decretado uma espécie de “autoembargo” às exportações de produtos avícolas em todo o País para China, União Europeia, Canadá e África do Sul, por conta de acordos sanitários previamente firmados com aqueles mercados.

Segundo a nota do ministério, até ontem, 21, China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, África do Sul, União Euroasiática
(Bielorrússia, Cazaquistão e Rússia), Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka,
Paquistão, Filipinas e Jordânia suspenderam totalmente as compras de frango brasileiro. Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia limitaram a suspensão ao Rio Grande do Sul. Enquanto Japão e Arábia Saudita, que juntos responderam por 17,18% das exportações de frango do Brasil, aplicaram a medida apenas ao município de Montenegro. Os reflexos sobre as vendas externas da indústria de carne de frango, obviamente, dependerão da duração daquelas medidas, da adesão previsível de outros países ao cerco contra as exportações do País e da agilidade e rigor do sistema brasileiro de sanidade animal na contenção da gripe asiática.

Impactos

No curtíssimo prazo, avalia a Consultoria Agro do Itaú BBA, a perspectiva é de baixa vigorosa, até por conta do “autoembargo” adotado pelo governo
brasileiro. “É provável que o próximo mês registre uma acentuada redução nas exportações de carne de frango. Dependendo do êxito nas negociações
com os países importadores, os embargos podem ser gradualmente limitados ao município afetado ou ao Estado do Rio Grande do Sul. No entanto, esse processo depende, em grande parte, da ausência de novos focos”, assinala a consultoria.

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