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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
bem-estar

Pausas curtas reduzem fadiga no trabalho

Os pausas curtas podem até restaurar parte do vigor físico e mental, mas não são suficientes

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 26 de maio de 2025
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Pausas curtas reduzem fadiga no trabalho. | Foto: Reprodução/istock

Uma revisão de estudos publicada no periódico científico PLOS One concluiu que pausas breves no ambiente de trabalho, com duração de até 10 minutos, podem aumentar o vigor e reduzir a fadiga dos profissionais.

A conclusão é resultado de uma meta-análise que reuniu 22 estudos realizados ao longo de três décadas. A pesquisa define esse bem-estar como a capacidade de manter energia suficiente para concluir as tarefas do dia sem chegar ao final da jornada exausto.

Apesar dos benefícios, muitas vezes as pausas são erroneamente associadas à preguiça ou à improdutividade, o que pode gerar um sentimento de culpa entre os trabalhadores que decidem interromper a rotina, mesmo que brevemente. O objetivo do estudo foi demonstrar que esses intervalos são benéficos não apenas para os funcionários, mas também para as organizações.

Impacto depende do tipo de atividade

Os estudos analisados envolveram tanto alunos, em ambientes laboratoriais, quanto profissionais atuando em contextos reais de trabalho. As pesquisas foram conduzidas em diversos países, incluindo Estados Unidos, Holanda, China, Áustria, Alemanha, Austrália, Brasil e Japão.

Atividades rotineiras, segundo a pesquisa, são aquelas realizadas de forma automatizada, com baixa demanda cognitiva. Esse tipo de trabalho tende a favorecer a dispersão mental, o que pode elevar a incidência de erros. Nesse contexto, pausas curtas ajudam a reduzir as falhas e a reconduzir a atenção do profissional à tarefa principal.

Já as atividades criativas exigem que o trabalhador acesse informações específicas de seu repertório mental, ao mesmo tempo que precisa bloquear ideias irrelevantes. Conforme o estudo, as pausas breves permitem que a pessoa se dedique momentaneamente a uma atividade distinta, estimulando a flexibilidade cognitiva e potencializando o desempenho criativo.

Por outro lado, a análise apontou que, no caso de tarefas altamente cognitivas, aquelas que demandam grande esforço e concentração intelectual, as micropausas não proporcionam melhora significativa no desempenho. Nessas situações, os intervalos curtos podem até restaurar parte do vigor físico e mental, mas não são suficientes para repor completamente os recursos cognitivos necessários para a execução dessas tarefas.

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