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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Em Sergipe

Caiado amplia agenda nacional e mira reduto lulista com críticas ao governo

Na busca por espaço no cenário eleitoral do Nordeste, governador exaltou resultados de sua gestão e criticou atuação da União na segurança pública

Thiago Borgespor Thiago Borges em 26 de maio de 2025
Caiado amplia agenda nacional e mira reduto lulista com críticas ao governo
Foto: Diego Souza

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) segue com suas andanças pelo Brasil em busca de musculatura para seu projeto político que visa o Palácio do Planalto na disputa eleitoral de 2026. Pré-candidato à Presidência da República, Caiado visitou o Aracaju, capital do Sergipe, e cumpriu intensa agenda na última sexta-feira, 23.

O governador goiano foi entrevistado por rádios e TV locais. Por lá exaltou feitos de sua gestão e levantou bandeiras características de seu mandato: segurança pública, educação e investimento em tecnologia. Na iminência das eleições de 2026, o chefe do Executivo goiano mira exaltar os feitos de sua gestão no Estado, que serão as suas credenciais no próximo pleito. 

Para a Rádio Metropolitana de Aracaju, Caiado afirmou: “Em 2026 nós teremos o próximo presidente da República. O problema que eu trago para reflexão a todo Nordeste brasileiro é saber se o próximo presidente da República terá credibilidade, autoridade moral e independência intelectual para governar o país. A fala, que veio logo após o governador apresentar panoramas positivos de Goiás, reflete a busca de Caiado em se firmar como um presidenciável com chances reais na disputa. 

Convidado pelo deputado Jeferson Andrade, presidente da Assembleia Legislativa do Sergipe (Alese), Caiado palestrou no parlamento sergipano sobre o modelo de segurança pública aplicado em Goiás. O governador não tem recuado em se posicionar em pautas nacionais e engrossou o coro contra a atuação do governo federal na segurança, sobretudo na tentativa de aumentar a participação na área através do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

O chefe do Executivo estadual criticou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por querer utilizar o modelo do Sistema Único de Saúde (SUS) na segurança pública. “Estão querendo copiar o SUS. Mas pneumonia a gente trata em Sergipe, Goiás ou em São Paulo com o mesmo protocolo. Em segurança pública, não. O crime é diferente em cada estado. E o sistema não pode ser único, mas deve ser integrado. É buscar uma forma conjunta de atuação, com sala de comando de inteligência e operacional que funcione”, disse. 

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O governador afirmou que a União tem sido “conivente e complacente” com o crime no Brasil, e que, enquanto não se cria uma forma efetiva de combate, as organizações criminosas estão se aprimorando, tanto em armamento – mais eficiente que o utilizado pelas polícias – quanto em estrutura. “Hoje a venda de drogas é um suvenir das facções. Com tamanho caixa, estão entrando no setor imobiliário, concentrando os postos de gasolina, supermercados e usinas de cana. Estão entrando em todas as áreas da economia do país”, denunciou.

Caiado também falou da inércia da gestão petista no âmbito do investimento. “Em seis anos e cinco meses, investimos R$ 17,5 bilhões na segurança de Goiás. Quanto recebi de contrapartida? R$ 960 milhões. Ou seja, 5% do que investimos”, pontuou.

A estratégia do governador para alavancar sua pré-candidatura à presidência é clara: percorrer o país mostrando sua capacidade de governança, alinhado com críticas ao governo Lula. Por isso, Caiado tem investido em popularizar sua gestão no Nordeste — reduto eleitoral histórico do lulopetismo. (Especial para O Hoje)

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