Emprego agora avança, puxado pela administração pública e pela indústria
As estatísticas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), vinham indicando uma nítida perda de fôlego do emprego desde o trimestre finalizado em novembro do ano passado, quando o total de
ocupados havia alcançado um recorde absoluto desde o início da série histórica, em 2012, somando 103,903 milhões de trabalhadores. Até o final
do primeiro trimestre deste ano, aquele número havia sofrido recuo de 1,37%, o que havia representado a perda de 1,420 milhão de ocupações.
O dado do trimestre móvel terminado em abril mostrou, no entanto, alguma reação, com avanço de 0,8% frente a março e abertura de 774,0 mil vagas,
o que representou a recomposição de 54,5% dos empregos que haviam sido perdidos entre novembro do ano passado e março deste ano, restando um
saldo negativo ainda de 646,0 mil ocupações e baixa de 0,62% na comparação entre os trimestres finalizados respectivamente em novembro e abril.
No trimestre entre fevereiro e abril deste ano, a pesquisa registrou 103,257 milhões de trabalhadores ocupados, seja em empregos formais, seja na
informalidade. O número correspondeu ainda a um ligeiro incremento de 0,3% frente ao trimestre encerrado em janeiro deste ano, com abertura de
288,0 mil ocupações, e avanço de 2,4% em 12 meses, representando 2,453 milhões de vagas criadas desde o trimestre fevereiro a abril do ano passado,
quando a PNADC havia registrado 100,804 milhões de ocupados em toda a economia.
Principais contribuições
Na passagem do trimestre concluído em janeiro para os três meses seguintes, o emprego cresceu puxado pela administração pública, incluindo
os setores de defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, e pela indústria, embora a produção no setor continue patinando. A
administração pública contratou mais 405,0 mil funcionários, elevando o total de ocupados no setor de 18,380 milhões para 18,785 milhões, num
crescimento de 2,2%. A indústria abriu 176,0 mil vagas, trazendo o número de ocupações de 13,286 milhões para 13,463 milhões, numa variação de
1,3%. Em 12 meses, a administração pública abriu 731,0 mil colocações, em alta de 4,0%, e contribuiu com quase 30% para o aumento do total de ocupados. Na indústria, o emprego variou 3,6% com a geração de 471,0 mil ocupações (19,2% do total criado em toda a economia no período).