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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Treinamento

Estudo revela que memória muscular persiste por dois meses

As evidências reforçam que a força muscular perdida pode ser recuperada em um período de seis semanas

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 2 de junho de 2025
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Estudo revela que memória muscular persiste por dois meses. | Foto: Reprodução/Istock

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, e publicado recentemente no periódico The Journal of Physiology, aponta que o corpo humano mantém uma memória muscular por pelo menos dois meses e meio. A pesquisa identificou que alterações induzidas pelo treinamento físico persistem nesse período, facilitando a recuperação muscular após a retomada das atividades.

O conceito de memória muscular refere-se à capacidade que o tecido muscular possui de readquirir força e volume com maior facilidade após períodos de interrupção nos treinos. Até então, esse fenômeno era atribuído principalmente à conservação dos mionúcleos, estruturas presentes nas células musculares. A nova investigação, entretanto, demonstrou que esse efeito também pode ser observado por meio da análise de proteínas, avaliando alterações ao longo de um ciclo que incluiu treinamento, destreinamento e re-treinamento.

A pesquisa acompanhou 30 voluntários saudáveis que não praticavam musculação regularmente. Desses, 17 participaram de um protocolo composto por três etapas, cada uma com duração de dez semanas: um período de treino supervisionado, seguido por uma pausa e, posteriormente, o retorno aos treinos. O restante do grupo atuou como controle.

Ao final de cada fase, foram realizadas biópsias no músculo da coxa dos participantes para análise das mudanças nas proteínas musculares. Os resultados indicaram que, embora algumas proteínas retornem ao estado basal após a interrupção dos treinos, outras permanecem elevadas mesmo após dez semanas de inatividade.

De modo geral, a literatura científica já indicava que a perda de força e massa muscular começa a ocorrer após duas ou três semanas sem treinamento. No entanto, o novo estudo revelou que determinadas adaptações proteicas se mantêm por ao menos dois meses e meio após a suspensão das atividades. Esse achado ajuda a explicar por que a recuperação muscular costuma ser mais rápida do que o processo inicial de ganho.

As evidências reforçam que a força muscular perdida pode, na maioria dos casos, ser recuperada em um período de quatro a seis semanas de treinamento consistente. Dependendo das circunstâncias, esse tempo pode representar cerca da metade, ou até menos, do que o período originalmente necessário para conquistar os ganhos iniciais.

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