Anderson Torres estava nos Estados Unidos, em um parque de diversão, com as filhas no momento dos ataques
O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, afirma, nesta terça-feira (10), que o protocolo de segurança não foi seguido no episódio do 8 de janeiro. Na época do fato, ocupava o cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal (DF). Durante o interrogatório disse: “Ministro [Alexandre], a grande verdade é essa, o protocolo teve uma falha grave no cumprimento dele”. No momento do ocorrido, Torres estava nos Estados Unidos, em um parque de diversão com as filhas. Ele declara ainda que foi surpreendido pelos ataques antidemocráticos.
“Quando li esse protocolo à tarde que assinei, falei: ‘esse protocolo está de bom tamanho, para as informações que a gente tem’. Porque ele era um protocolo que chamo de gravoso. E realmente, ministro [Alexandre de Moraes], houve uma falha grave no cumprimento desse protocolo. É por isso que digo ao senhor: fui surpreendido com isso no domingo. Quando vi o que estava acontecendo aqui no domingo tive informações, pedaços de informações, porque estava num parque na Disney”, explica Anderson.
“Quando tive a informação, eles [os manifestantes] já tinham entrado no Congresso e no Palácio do Planalto. Eu desesperado, ‘manda uma mensagem para o meu secretário-executivo’, uma mensagem que inclusive foi mal interpretada que falei: ‘não deixe chegar ao Supremo’, porque o Supremo ainda estava preservado naquele momento. Mandei essa mensagem para o meu secretário–executivo e liguei diversas vezes para o comandante da PM para perguntar para ele o que estava acontecendo”, ressalta.
“Mas ele [comandante da PM] estava no meio da confusão, praticamente não me atendeu. Naquele momento falei rapidamente com ele. Liguei para o governador, liguei para o Procurador-Geral de Justiça do DF, fiquei desesperado. Liguei para todo mundo, porque realmente do jeito que deixei as coisas em Brasília, é inimaginável que acontecesse o que aconteceu no 8 de janeiro. Ministro [Alexandre], a grande verdade é essa, o protocolo teve uma falha grave no cumprimento dele”, completa Anderson Torres.