As lideranças do Congresso Nacional se uniram para barrar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida apresentada pelo governo federal reverberou de forma negativa nas últimas semanas. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou por diversos momentos que não é do interesse da Casa pautar, no geral, o aumento de impostos. 

Neste sentido, a Câmara pautou com urgência o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para suspender o aumento do IOF. A oposição comemorou como um resultado de sua pressão. “Essa é uma vitória do povo brasileiro. É menos imposto, mais dinheiro no bolso do trabalhador e um freio no avanço da inflação. A oposição mostrou que tem força e, acima de tudo, compromisso com quem produz e trabalha neste País”, comemorou o líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS). 

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Em Brasília, a medida foi interpretada como um duro golpe nos planos do Partido dos Trabalhadores (PT), principalmente do seu líder, o presidente Lula. O PDL, caso aprovado, impede o avanço do governo sobre a renda da população e dos setores produtivos. O chefe do Executivo tenta desesperadamente aumentar a arrecadação a qualquer custo — sem cortar um centavo sequer dos gastos públicos. 

O fato tem gerado revolta em diversos setores da sociedade. Com o objetivo de descolar da imagem deteriorada do governo, os deputados têm procurado se afastar das decisões do Planalto. Com isso, Lula se encontra em apuros para alavancar os seus projetos políticos. (Especial para O Hoje)