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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Comida contaminada mata 420 mil por ano, alerta ONU

Relatório da entidade mostra que mais de 200 doenças estão ligadas ao consumo de alimentos impróprios, com impacto maior sobre crianças e populações vulneráveis

Luana Avelarpor Luana Avelar em 16 de junho de 2025
15 MATERIA CREDITOS iStock
Close-up of father holding hand of his sick son and supporting him during disease

A cada ano, cerca de 600 milhões de pessoas no mundo adoecem por ingerir alimentos contaminados. Os dados são da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a dimensão sanitária e econômica de um problema que permanece invisível para a maioria, mas tem consequências fatais. Segundo a entidade, bactérias, vírus, parasitas e substâncias químicas presentes na comida ou na água são responsáveis por mais de 200 tipos diferentes de doenças, muitas delas infecciosas ou tóxicas.

O impacto é devastador. Aproximadamente 420 mil pessoas morrem anualmente em decorrência dessas infecções e as crianças menores de cinco anos representam 40% do total de casos, somando 125 mil mortes ao ano. “As doenças transmitidas por essa via são geralmente de natureza infecciosa ou tóxica e, muitas vezes, invisíveis a olho nu, e entram no corpo por meio de alimentos ou água contaminados”, afirma a ONU em comunicado.

A desigualdade também se manifesta nos dados. Mulheres, crianças, refugiados, populações afetadas por guerras e conflitos e comunidades marginalizadas são as mais expostas a esse tipo de risco. “Um impacto sentido principalmente por pessoas vulneráveis e marginalizadas, especialmente mulheres e crianças, populações afetadas por conflitos e migrantes”, destaca a organização.

O prejuízo não se limita à saúde pública. Estima-se que os países mais pobres do mundo percam, todos os anos, cerca de 95 bilhões de dólares, o equivalente a 526 bilhões de reais, em produtividade como resultado das doenças transmitidas por alimentos contaminados.

Embora a segurança alimentar esteja prevista em diversas políticas internacionais, o número de casos continua elevado e os investimentos em vigilância sanitária ainda são insuficientes em grande parte do planeta. O cenário mostra que comer, para muitos, segue sendo uma atividade de alto risco.

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