O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cede à pressão dos deputados federais e intensifica conflitos com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e, até mesmo, com o Supremo Tribunal Federal (STF). Motta iniciou o seu mandato com um discurso pacificador, mas, com o risco de perder o apoio dos próprios aliados, tem mudado a postura.  

O principal problema entre os parlamentares é o controle do Orçamento. O STF tem empenhado ações que, na prática, devolvem o controle dos recursos para o Executivo. No entanto, os congressistas utilizam essa quantia, politicamente, para abastecer as suas bases eleitorais. Portanto, há um claro conflito de interesses.  

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Dentro da dimensão midiática, o ministro Flávio Dino tem divulgado por meio dos canais oficiais que as suas ações têm sido direcionadas para uma maior transparência e rastreabilidade nos gastos das emendas parlamentares. E, possivelmente, esconde bem sua verdadeira intenção. Do outro lado da corda, de forma mais escancarada, Lula se preocupa com o fato de perder, aos poucos, sua moeda de troca com o Congresso.  

Nesse sentido, talvez pode não ser uma ação coordenada entre o Executivo e o Judiciário, mas, independente disso, Dino age em benefício do seu ‘padrinho’ que o nomeou. Mesmo que atue em uma causa ‘nobre’, em política, deve-se suspeitar até mesmo se o quadrado é quadrado.  

E, nesse caso, percebem-se muitos fatos suspeitos, ou coincidências suspeitas. De qualquer forma, o Orçamento continua a ser a principal linha de disputa hoje. Há outras, mas essa promete ser a questão central dos próximos meses. (Especial para O Hoje)