Humorista Carioca proíbe filho de ler livros escolares por “doutrinação”
Declarações foram dadas em entrevista à produtora Brasil Paralelo
O humorista Márvio Lucio, conhecido artisticamente como Carioca, afirmou que proibiu o filho de utilizar determinados livros didáticos indicados pela escola. A justificativa, segundo ele, é que parte do conteúdo seria “doutrinador”. As declarações foram feitas durante entrevista à produtora Brasil Paralelo e repercutiram nas redes sociais nesta semana.
Declaração de Carioca
Carioca relatou que acompanha o material didático usado pelo filho e, ao identificar conteúdos que considera inadequados, determina que a criança se retire da sala de aula durante aquelas atividades. Ele declarou que a decisão gerou conflito com a direção da instituição de ensino. De acordo com o humorista, uma diretora teria o confrontado pela atitude.
Durante a entrevista, Carioca afirmou que, diante da crítica da direção, respondeu que estava ensinando ao filho valores que considera essenciais, como coragem. Segundo ele, a criança teria sido orientada a deixar a sala quando começassem aulas que, na visão do pai, continham conteúdo que ele considera impróprio.

O humorista também relatou que foi procurado por uma mãe de outro aluno, que teria elogiado sua postura. Na conversa, ele teria sugerido que ela adotasse a mesma conduta com relação à educação do próprio filho. Ainda segundo Carioca, ele não considera a obrigatoriedade escolar como argumento suficiente para aceitar determinados conteúdos em sala de aula.
A entrevista gerou repercussão em redes sociais. Alguns internautas criticaram as falas do humorista, enquanto outros manifestaram apoio à decisão de intervir no conteúdo pedagógico oferecido pela escola. As declarações de Carioca ocorrem em meio a debates sobre a autonomia dos pais em relação à educação dos filhos e o papel do material didático em sala de aula.
Até o momento, a escola frequentada pelo filho do humorista não se manifestou publicamente sobre o episódio. Também não há informações sobre eventuais medidas administrativas em resposta à retirada do aluno durante as aulas vetadas.