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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Vacina nacional contra dengue entra na reta final e deve ser liberada em 2026

Com produção do Instituto Butantan, imunizante será parte de estratégia para conter a circulação do vírus, que voltou a crescer em estados como São Paulo

Luana Avelarpor Luana Avelar em 27 de junho de 2025
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A vacina brasileira contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, está em fase final de análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e poderá ser incorporada ao Programa Nacional de Imunizações em 2026. A expectativa do governo federal é que a aprovação ocorra nos próximos meses, permitindo a inclusão do imunizante em uma campanha de vacinação ampla e coordenada em todo o país.

Mesmo antes da liberação oficial, a doença apresenta sinais de recuo. Em comparação com o ano anterior, os casos de dengue no Brasil caíram mais de 70% e as mortes associadas à infecção tiveram queda superior a 80%. Ainda assim, o ressurgimento do sorotipo DENV-3 acendeu o alerta para a possibilidade de reinfecção e aumento da gravidade clínica, especialmente em regiões que não apresentavam circulação desse tipo desde 2016.

Estados como São Paulo continuam entre os mais afetados, concentrando parte significativa das internações e óbitos registrados no primeiro semestre. A chegada da nova vacina é vista como peça-chave para evitar o agravamento do cenário epidemiológico nos próximos anos.

Enquanto aguarda a aprovação da Anvisa, o Instituto Butantan segue respondendo às exigências técnicas do processo regulatório, com envio de dados clínicos, estudos de eficácia e segurança, além de informações sobre a capacidade produtiva. O imunizante é baseado em tecnologia desenvolvida no Brasil, com previsão de produção em larga escala para abastecer a rede pública.

A estratégia do Ministério da Saúde é ampliar as ações de prevenção no segundo semestre deste ano, com foco nos meses de menor transmissão — entre agosto e dezembro. A intenção é intensificar a preparação para o próximo ciclo epidêmico, que tem início em janeiro e costuma atingir o pico entre março e junho.

A reincidência do sorotipo 3 reforça a necessidade de vigilância contínua e atualização das estratégias de controle. A vacina nacional será fundamental para reduzir o número de casos graves e hospitalizações, especialmente entre populações vulneráveis.

Ao combinar imunização com campanhas de eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, o governo espera diminuir a pressão sobre os sistemas de saúde e controlar surtos futuros de maneira mais eficaz.

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