Morre Jimmy Swaggart, pastor que chamou Igreja Católica de “prostituta do apocalipse”
Pastor norte-americano liderava ministério próprio e protagonizou escândalos sexuais nos anos 1980 e 1990
Faleceu nesta terça-feira (1º/7), aos 90 anos, o pastor norte-americano Jimmy Swaggart. A morte foi confirmada por meio de nota oficial divulgada nas redes sociais do Jimmy Swaggart Ministries, instituição religiosa fundada por ele no estado da Louisiana, Estados Unidos.
Swaggart era um dos televangelistas mais conhecidos do século 20. Ele ganhou projeção internacional por meio de programas religiosos transmitidos pela televisão. Segundo a nota oficial, ele dedicou mais de sete décadas à pregação do evangelho e à música gospel.
O pastor estava internado desde 15 de junho, após sofrer uma parada cardíaca em casa. De acordo com familiares, ele permaneceu hospitalizado por duas semanas em estado grave antes de falecer.
Pastor fez afirmações contra a Igreja Católica
Durante sua trajetória, Swaggart se envolveu em diversas polêmicas. Em uma de suas pregações, ele classificou a Igreja Católica como “a grande prostituta do apocalipse”. Em outros sermões, também afirmou que os judeus sofreram historicamente por rejeitarem Jesus Cristo.
Além das declarações controversas, Swaggart protagonizou escândalos sexuais que afetaram sua carreira ministerial. Em 1988, foi flagrado com uma prostituta em um motel da Louisiana. O episódio ganhou ampla repercussão e culminou em uma confissão pública televisionada. Na ocasião, ele declarou: “Eu pequei contra vocês. Peço perdão”.
Na época, a Assembleia de Deus, denominação à qual pertencia, exigiu seu afastamento temporário e um processo de reabilitação espiritual. Swaggart se recusou a cumprir as exigências e foi desligado da instituição. Posteriormente, fundou uma igreja de caráter não denominacional. Em 1991, voltou a ser flagrado com uma prostituta. Dessa vez, não fez pedidos públicos de perdão e se afastou brevemente de suas atividades religiosas.

Apesar das controvérsias, Swaggart manteve influência no meio evangélico norte-americano. A organização que liderava afirma que ele vendeu cerca de 15 milhões de álbuns de música gospel, número que não foi oficialmente auditado.
Nos últimos anos, o pastor passou a se dedicar exclusivamente às transmissões religiosas de sua igreja e evitou aparições públicas. Seu canal próprio continuava ativo, transmitindo cultos e mensagens religiosas a partir da sede em Baton Rouge, na Louisiana.