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sábado, 6 de dezembro de 2025
Saúde

Insuficiência cardíaca: alerta nacional para um problema crescente

Aproximadamente 3 milhões de brasileiros convivam com o diagnóstico de insuficiência cardíaca

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 10 de julho de 2025
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Insuficiência cardíaca: alerta nacional para um problema crescente. | Foto: reprodução/Istock

No dia 9 de julho, é lembrado o Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca, uma data voltada à conscientização da sociedade sobre os perigos dessa condição que atinge milhões de brasileiros. Trata-se de um problema de saúde pública que figura entre as principais causas de internação e óbito no país.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), estima-se que aproximadamente 3 milhões de brasileiros convivam com o diagnóstico de insuficiência cardíaca. Os números preocupam: conforme informações da Rede Brasileira de Insuficiência Cardíaca (Rebric), até 30% dos pacientes podem não sobreviver ao primeiro ano após a confirmação da doença.

Embora a insuficiência cardíaca possa acometer indivíduos de todas as faixas etárias, incluindo crianças pequenas, especialmente aquelas com malformações cardíacas congênitas, a condição é significativamente mais prevalente entre os idosos. O avanço da idade está associado a uma maior incidência de fatores de risco, como a doença arterial coronariana, que compromete o músculo cardíaco, e alterações nas válvulas do coração.

Além disso, mudanças naturais decorrentes do envelhecimento também contribuem para a redução da eficiência do funcionamento cardíaco, o que aumenta a vulnerabilidade dessa população ao desenvolvimento da insuficiência cardíaca. Estima-se que, globalmente, cerca de 26 milhões de pessoas convivam com a insuficiência cardíaca.

Segundo o cardiologista Flavio Borges, os sinais mais frequentes da insuficiência cardíaca incluem falta de ar, especialmente durante esforços físicos ou ao se deitar, além de cansaço, sensação de fraqueza e inchaço nas pernas, tornozelos e pés. O especialista também destaca outros sintomas característicos, como ganho de peso repentino, tosse persistente (com piora à noite) e alterações nos batimentos cardíacos, que podem se tornar acelerados ou irregulares.

“Esses sinais não devem ser ignorados, especialmente entre idosos, que são o grupo mais vulnerável. Com o envelhecimento, é comum o surgimento de doenças cardíacas, como a coronariana e as disfunções das válvulas do coração, que são fatores de risco importantes para o desenvolvimento da insuficiência cardíaca”, explica Dr. Flavio.

Diagnóstico e tratamento

A identificação da insuficiência cardíaca envolve uma análise clínica detalhada, considerando o histórico do paciente e a realização de exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma, testes laboratoriais e, em algumas situações, teste de esforço físico.

O tratamento varia conforme a gravidade do quadro e pode abranger o uso de medicamentos específicos, adoção de hábitos de vida mais saudáveis, controle rigoroso de doenças associadas, como hipertensão e diabetes e, nos casos mais avançados, procedimentos mais complexos, como o implante de dispositivos ou até mesmo o transplante cardíaco.

“Adotar hábitos saudáveis, como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regulares, não fumar e controlar o estresse são medidas que ajudam a prevenir e controlar a insuficiência cardíaca”, ressalta o cardiologista.

Dr. Flávio reforça o alerta para que a população esteja atenta aos sinais e busque ajuda médica diante de qualquer sintoma suspeito. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida dos pacientes.

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