Tabuleiro político nacional pode alterar cenário de 2026 em Goiás
Fatores como o calendário eleitoral que, de dois em dois anos obriga o brasileiro voltar às urnas, contribui para o cidadão não prestar muita atenção nos partidos, e sim no candidato. A exceção da polarização do PT e do bolsonarismo, são raras as fidelidades partidárias. Essas duas agremiações políticas, mantém o País engessado numa polarização que impede novas lideranças avançarem na conquista do desenvolvimento em todas as áreas. Por conta do enrosco bolsonarismo versus lulopetismo, a maioria da população deixou de acreditar na política e nos políticos como indutores do bem-estar comum.
É neste cenário que a eleição de 2026 — possivelmente a mais difícil desde a redemocratização —, os pré-candidatos a governador em Goiás, Daniel Vilela (MDB), Wilder Morais (PL), provavelmente Marconi Perillo (PSDB) e ainda incerta, uma candidatura da centro-esquerda liderada pelo PT vão enfrentar. O xadrez político nacional terá reflexos regionais, isto porque, ainda é incerto o desfecho eleitoral para a direita com as ameaças de Donald Trump em taxar os produtos brasileiros em até 50%. Caso essa taxação se efetive, o bolsonarismo e a direita tendem a perder espaço para Lula.
Por enquanto, ainda estão no campo das narrativas e no ambiente digital, mas o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), deve ter colocado as peças no tabuleiro para avaliar esses movimentos. Ele próprio, pré-candidato a Presidente da República e adversário explícito do governo Lula, sabe que tem duas frentes para administrar: a sua e a de seu candidato, Daniel Vilela. Deve avaliar também que não existe favoritismo de Daniel e que os adversários, não vão deixar “correr solto”. Sobre sua pré-candidatura, a direita pode derrotar Lula, mas vai depender muito qual será o adversário dele e se o centro e centro-direita se unirem.
Por enquanto, Daniel e Wilde polarizam
Embora a eleição para governador em Goiás não sinalize uma polarização, a tendência aponta um confronto entre o senador Wilder Morais (PL) e o vice-governador Daniel Vilela (MDB). Este é o cenário atual, mas é possível que Marconi Perillo (PSDB) entre em cena assim como um candidato de centro-esquerda. Do lado governista, os devotos acreditam que, no frigir dos ovos, a omelete com o PL na chapa de Daniel é só uma questão de tempo. Essa tese, os aliados do senador Wilder torcem o nariz quando tocam no assunto.
Dilema no PSB
As discussões na cúpula do Partido Socialista Brasileiro (PSB) se dividem em duas correntes: um lado quer o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin candidato a governador de São Paulo com apoio do PT e outra, candidatura própria a Presidente da República. Essa hipótese pode afastar o PSB de uma aliança com o PT, como ocorreu em 2022.
Campos presidente
Não está descartada a ideia de lançart o prefeito de Recife e presidente nacional do PSB, João Campos para disputar a Presidência da República. Numa hipótese de não ser eleito, ajudaria Lula a conquistar a reeleição no segundo turno.
Direita congestionada
O denominado campo progressista está batendo bumba quanto à vitória de Lula em 2026, Eles aguardam com ansiedade o anúncio da pesquisa Genial/Quast que sai nesta quarta-feira (16). Segundo os otimistas, Lula recuperou uma boa vantagem na intenção de votos e tende a melhorar com o embate da taxação dos produtos brasileiros por Donald Trump.
Por falar nisso
O editorial do jornal o Estado de S. Paulo neste domingo (13), não poupa nenhum candidato a Presidente da República da direita. De acordo com a publicação, “Tarcísio, Zema e Caiado, todos aspirantes ao cargo de presidente da República, usaram suas redes sociais para brasileiras, supostamente em defesa de tentar impingir a Lula, cada um a seu modo, a responsabilidade pelo “tarifaço” de Trump contra as exportações brasileiras”. Segue descendo a borduna que “nenhum deles se constrangeu por tergiversar em nome de uma estratégia eleitoral”.
Aava vai ajudar?
A primeira-dama do País, Janja da Silva tem roteiro de agenda de conversas com as mulheres evangélicas. Nos bastidores é dada como certa a participação da vereadora goianiense, Aava Santiago (PSDB). Amiga pessoal de Janja e uma das lideranças progressistas do segmento evangélicos.