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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Contaminação sem resposta

Um mês após desastre, lixo tóxico ainda contamina rios em Goiás

Sem plano de retirada ou reparação, colapso do lixão em Padre Bernardo atinge comunidades rurais e negras no entorno do DF

Luana Avelarpor Luana Avelar em 15 de julho de 2025
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Trinta dias após o desabamento do lixão em Padre Bernardo (GO), não há qualquer ação concreta do poder público para remoção dos resíduos. Toneladas de lixo seguem espalhadas sobre o Córrego Santa Bárbara e chegam ao Rio Maranhão, prejudicando comunidades que dependem dessas águas para viver.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Goiás, o volume despejado equivale a 16 piscinas olímpicas de resíduos, incluindo lixo hospitalar e metais pesados. A água deixou de ser consumida, usada para pesca ou agricultura. Famílias inteiras precisaram passar a depender de caminhões-pipa.

Mesmo funcionando dentro de uma Área de Proteção Ambiental, o lixão operava com respaldo de uma liminar judicial, sem licenciamento ambiental válido. A empresa responsável já foi multada em R$ 37,5 milhões. O Estado estima mais de 4 mil viagens de caminhão para retirar o lixo, mas nenhum cronograma foi apresentado.

Para os moradores, a demora amplia os danos. O solo e o lençol freático foram atingidos, afetando cultivos, animais e abastecimento humano. A contaminação compromete o futuro das comunidades locais, formadas majoritariamente por famílias negras. Sem água potável e sem resposta, vivem agora sob risco permanente.

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