Comer maçã todo dia faz bem, mas não mágica
Fruta ajuda a reduzir colesterol, glicose e uso de remédios, mas efeitos só aparecem dentro de uma alimentação saudável
A frase que diz que uma maçã por dia afasta o médico não se sustenta completamente, mas há evidências de que a fruta contribui para a saúde. Rica em fibras e compostos antioxidantes, ela tem sido associada à redução de doenças crônicas.
Uma análise publicada em 2017 na revista científica Food & Function avaliou dados de cinco estudos com mais de 200 mil pessoas. O resultado apontou uma queda de 18% no risco de diabetes tipo 2 entre quem consome maçãs com frequência. Em 2020, outro estudo divulgado no American Journal of Clinical Nutrition mostrou redução significativa no colesterol entre participantes que comeram duas maçãs por dia durante oito semanas.
Já uma pesquisa conduzida pela Escola de Medicina Dartmouth Geisel, nos Estados Unidos, e publicada na JAMA Internal Medicine em 2015, analisou os hábitos de 8.399 adultos. Os que comiam maçã diariamente não consultavam médicos com menos frequência, mas utilizavam menos medicamentos com prescrição.
A maçã contém pectina, que ajuda a reduzir o colesterol, e polifenóis como a floridzina, que atuam no controle da glicose. Esses compostos estão mais concentrados na casca, por isso especialistas recomendam não descascá-la. Variedades antigas da fruta também tendem a ter mais benefícios nutricionais, segundo estudo da Universidade de Verona publicado na revista Foods.
Comer maçã não substitui consultas médicas nem corrige hábitos ruins. Mas pode ajudar a reduzir riscos e a melhorar a resposta do organismo ao longo do tempo, quando inserida em uma alimentação regular e rica em alimentos vegetais.