Lula trabalha para ‘rachar’ o Centrão e domar o Congresso
Se tem um sentimento que não habita os corações dos políticos quando estão no poder, é o de amar o povo ou pensar no País. A frase atribuída a então ministra da economia do governo Fernando Collor, Zélia Cardoso ao ser questionada, como iria reagir a população com o confisco da poupança. Ela prontamente teria respondido: “O povo é só um detalhe presidente!”. Guardada as devidas proporções, o que se vê no atual ambiente político brasileiro, são os interesses do Congresso, STF e do Partido dos Trabalhadores (PT). As narrativas das instituições são um verdadeiro blá blá blá retroalimentado pelas milícias digitais da esquerda e o bolsonarismo em outro canto.
A esperança de uma possível mudança de inquilino no Palácio do Planalto e Alvorada, escorrega entre os dedos como areia fina. Basta uma ligeira olhada nos noticiários para antever que o lulopetismo e as excelências no Congresso mudaram a conversa para, unir em “defesa dos interesses dos brasileiros” frente às tarifas que o presidente americano Donald Trump irá impor ao Brasil a partir de agosto. Esta foi a deixa que Lula precisava para divir o Centrão que estava com um pé fora do governo. Esse diálogo entre os líderes do Centrão e Lula, deve fatias no governo e abrigar os interesses dessa turma ávida por cargos.
Não importa se vão arrebentar o País. O essencial é ganhar a eleição e manter mais quatro anos com o PT nas costas da classe média e dos setores produtivos. Para isso, começaram a desconstruir a imagem dos governadores, Tarcísio de Freitas (REP-SP), nome que estava em ascensão, Ronaldo Caiado (União Progressista-GO), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Romeu Zema (Novo-MG), todos possíveis pré-candidatos a Presidente da República.
O primeiro sinal de que o Centrão ensaia uma freada no ímpeto de abandonar Lula, veio do governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD) que olha o cenário de 2026 ao lado do petista. O mesmo ocorre em Minas Gerais com o senador Rodrigo Pacheco (PSD), nome que o presidente Lula apoiaria de bom grado para disputar o governo mineiro. Estas são pequenas amostras que o Centrão ainda não tirou o pé da canoa petista, por isso, Lula e seu entorno acreditam que esta é uma boa oportunidade para domar o Congresso rebelde. Resta saber se o Republicanos e o PP também pensam recuar da ideia para apoiar um candidato da direita.
Bolsonaro e Kassab acreditam em deserções
Tanto Jair Bolsonaro (PL) quanto o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, estão convencidos que haverá deserções dos partidos de centro para apoiar Lula. “Em eleições anteriores, aconteceu a mesma coisa com os mais fisiológicos migraram para o candidato melhor posicionado nas pesquisas, principalmente se for o Lula. Basta lembrar da eleição de 2022 em que Bolsonaro tinha certeza que venceria, mas na última hora, o Centrão desistiu dele e abraçou Lula”, conta um deputado bolsonarista à coluna.
Rueda no comando
O anúncio de que o presidente nacional do União Brasil, advogado Antônio Rueda irá comandar a União Progressista, nova agremiação política que surge com a federação PP+União Brasil pelos próximos quatro anos, é uma boa notícia para Ronaldo Caiado. Rueda é um aliado de Caiado e deve assegurar apoio para sua caminhada rumo ao Palácio do Planalto em 2026.
Influência de Nogueira
Um dos mais influentes líderes dessa federação que será homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador Ciro Nogueira pode ser um aliado de Caiado, mas ele não esconde que gostaria de ter o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na federação Progressista.
Dúvida sobre o REP
Aliados próximos a Tarcísio, desconfiam que o Republicanos possa apoiar a reeleição de Lula. Se isso ocorrer, o governador paulista pode migrar para um partido do Centrão, afinal, a depender do desfecho do julgamento de Jair Bolsonaro, tende a se dividir entre Lula e um candidato da direita.
Lula entre os goianos
O que uma campanha eleitoral não faz! Nem na disputa para prefeito de Goiânia o presidente Lula apareceu para reforçar sua candidata a prefeita, Adriana Accorsi, agora tem agenda. Nesta quinta-feira (17), ele comparece no 60° Congresso Nacional dos Estudantes (Conune) que terá abertura nesta quarta-feira (16 e encerra no dia 20.
Márcio sai das cordas
Passados seis meses de gestão, o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL) sai das cordas do ringue de problemas e se prepara para dias melhores. Aos poucos, coloca serviços essenciais para a população para funcionar, mas “está longe do ideal que eu busco para nossa população”, costuma dizer em suas conversas com auxiliares. Márcio trabalha duas frentes: ajustar a máquina pública para ser mais eficiente e buscar recursos para novos investimentos.
Ciro Nogueira: “Vai trabalhar governador!”
O senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI) não tem dado trégua aos petistas e o governo Lula. No ‘X’ (antigo Twitter), ele não deixa passar nenhum acontecimento sem fazer observações e criticas que envolve o PT. Polêmica é com ele mesmo. A de agora é uma resposta ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) por ter tomado as dores do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), criticou neste domingo (13) o apoio da família do ex-presidente Jair Bolsonaro à taxação anunciada por Donald Trump a produtos brasileiros. Ciro sugeriu ao ministro ir “trabalhar”.
“Governador @Jeronimoba13, peço desculpas se mandei o ministro Rui Costa trabalhar. Sei que isso é muito ofensivo para ele e para o senhor. Mas não é nada pessoal. Por mais que vocês não gostem, foram eleitos e nomeados para isso. Então, vai trabalhar governador!” Pelo andar dos acontecimentos, essa treta vai longe.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), disse à coluna política do jornal O Estado de S. Paulo, que não pretende retornar ao Brasil e que ‘abrirá mão’ do seu mandato de deputado federal. “No Brasil, o STF, quer dizer, Alexandre de Moraes, ia tentar colocar uma coleira em mim, tirar meu passaporte, me fazer de refém, ficar ameaçando, como ele sempre faz – mandando a Polícia Federal na Casa, abrindo inquérito, inquirindo pessoas ao meu entorno. Então, eu não vou me sujeitar a fazer isso. E eu não preciso mais de um diploma de deputado federal para abrir portas e os acessos que tenho aqui Moraes ia tentar colocar uma coleira em mim”, comentou.