Verbena-limão ganha destaque por efeitos digestivos e ação antioxidante
Apesar dos benefícios amplamente divulgados, o uso da verbena-limão exige atenção
Conhecida por seu aroma cítrico e propriedades calmantes, a verbena-limão, também chamada de erva-cidreira, é utilizada há séculos em infusões voltadas ao bem-estar físico. De nome científico Aloysia triphylla, a planta é originária da Argentina e do Chile, onde cresce em climas quentes e semiáridos. No entanto, seu cultivo também é comum em jardins domésticos devido à facilidade de adaptação e aos benefícios associados ao seu uso.
Segundo a plataforma especializada SnapCalorie, a verbena-limão contém antioxidantes e óleos essenciais, sendo uma das ervas mais aromáticas utilizadas na fitoterapia. Em termos nutricionais, uma xícara de sua infusão, o equivalente a cerca de 238 gramas, possui aproximadamente 4,8 calorias, com baixos teores de proteína, gordura e carboidratos. Essa composição leve contribui para sua popularidade entre os adeptos de uma rotina natural de cuidados com a saúde.
De acordo com o site Healthline, a planta concentra compostos vegetais como terpenoides e fenóis, além de um polifenol específico, o verbascosídeo, com reconhecida ação antioxidante e anti-inflamatória. Esses elementos são responsáveis por proteger as células contra o estresse oxidativo, processo que acelera o envelhecimento e pode desencadear doenças crônicas. A tradição medicinal em comunidades indígenas mexicanas, como mixes, zapotecas e totonacas, reforça a importância da erva no tratamento de distúrbios digestivos, incluindo cólicas, gases, vômitos e episódios de diarreia, além de seu uso como calmante natural e coadjuvante no alívio de sintomas gripais.
Pesquisas recentes vêm confirmando a eficácia do extrato da verbena-limão em diferentes contextos. Um estudo identificou que indivíduos saudáveis que consumiram a substância por dez dias apresentaram redução de dores musculares e menores níveis de inflamação no sangue em comparação com um grupo controle. Em outro experimento, gestantes que passaram por cesárea e foram submetidas a 30 minutos de aromaterapia com o extrato da planta relataram menores níveis de ansiedade em relação às que receberam placebo. As evidências sugerem que a erva pode atuar positivamente tanto na recuperação física quanto no bem-estar emocional.
Entre os efeitos observados com o uso da planta, estudos apontam a proteção de células pancreáticas, a redução da inflamação no fígado, a melhoria do perfil lipídico, a prevenção do crescimento de células tumorais e até a preservação do tecido ocular diante de danos oxidativos. A ação relaxante sobre os músculos também tem sido relacionada à redução da ansiedade, o que explica sua presença recorrente em chás noturnos ou fórmulas naturais para o sono.
Apesar dos benefícios amplamente divulgados, o uso da verbena-limão exige atenção. O portal WebMD ressalta que a combinação da erva com medicamentos sedativos pode potencializar efeitos adversos, como sonolência acentuada e dificuldades respiratórias. Por isso, especialistas recomendam a consulta prévia com um médico ou nutricionista antes de incorporá-la à rotina. A adoção de hábitos saudáveis, incluindo uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios físicos e descanso adequado, continua sendo o alicerce para uma vida com mais qualidade, sendo o uso de infusões como a de verbena-limão um possível complemento, e não um substituto, para esse cuidado diário.