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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
ALERTA

Aumento de afogamentos em crianças preocupa durante as férias escolares

Maioria das vítimas atendidas no Hugol em 2025 tinha menos de 4 anos

Micael Silvapor Micael Silva em 20 de julho de 2025
Aumento de afogamentos em crianças preocupa durante as férias escolares Foto: Freepik
Aumento de afogamentos em crianças preocupa durante as férias escolares Foto: Freepik

Com a chegada das férias escolares, cresce também a preocupação com os casos de afogamento infantil. Só nos primeiros cinco meses de 2025, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, atendeu 13 crianças vítimas de afogamento. A maioria delas oito  tinha menos de 4 anos de idade. As demais estavam entre 5 e 9 anos.

Os dados reforçam um cenário já observado no ano anterior. Em 2024, a unidade registrou 32 atendimentos pediátricos por afogamento, sendo que 70% das vítimas também tinham menos de 4 anos. O perfil predominante revela o quanto as crianças pequenas estão mais vulneráveis e dependem totalmente da vigilância de adultos quando estão próximas à água.

“Afogamentos são situações extremamente rápidas. Em poucos segundos, uma criança pode aspirar água pelas vias aéreas, o que compromete a respiração, provoca perda de consciência e pode levar à parada cardiorrespiratória”, alerta a médica Fabiana Calaça, coordenadora da Pediatria do Hugol. Segundo ela, até pequenas quantidades de água ,como 70 mililitros  podem causar sérios danos.

O quadro clínico varia conforme o tempo que a criança permaneceu submersa e o volume de água aspirado. Em alguns casos, o atendimento pode ser simples. Em outros, há necessidade de UTI, intubação e uso de ventilação mecânica. Sequelas neurológicas, infecções respiratórias e até a morte estão entre as possíveis consequências mais graves.

O período das férias, com aumento da exposição a piscinas, rios, lagos e represas, eleva o risco. Por isso, o hospital alerta para a importância da prevenção. Medidas simples como a supervisão constante de um adulto, instalação de cercas ao redor de piscinas e o uso de coletes salva-vidas em passeios aquáticos podem fazer toda a diferença.

“São atitudes básicas que podem evitar tragédias. Criança sozinha perto da água é um risco real. E vale lembrar: afogamento não faz barulho. A criança não grita, não agita os braços. Ela afunda em silêncio”, reforça a médica.

O alerta serve para pais, responsáveis e qualquer adulto que conviva com crianças durante esse período de maior lazer. O objetivo é um só: garantir que as férias sejam lembradas por brincadeiras e alegria, não por acidentes evitáveis.

Leia mais:Acidentes por mergulho em águas rasas tende a aumentar durante as férias

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