Preta Gil, um dos maiores nomes do entretenimento e da cultura brasileira, morreu neste domingo (20), aos 50 anos. A confirmação foi feita pela equipe da cantora durante a noite. Ela passou seus últimos dias em tratamento alternativo nos Estados Unidos, após uma luta contra o câncer no intestino, diagnosticado em 2023.

Herdeira de Gilberto Gil e integrante de uma das famílias mais influentes da música brasileira, Preta se destacou ao longo de mais de duas décadas de carreira por sua versatilidade: além de cantora, foi apresentadora, atriz, empresária e influenciadora digital.

A artista deixa o filho Francisco e a neta Sol.

Das raízes musicais ao sucesso nacional

Preta começou a carreira na música como backing vocal de Gal Costa, que foi sua madrinha artística. Nos anos 1990, já demonstrava talento e presença marcante, o que a levou, em 2003, a lançar seu primeiro álbum solo, Prêt-à-Porter. O disco reuniu parcerias com nomes como Jorge Ben Jor e Caetano Veloso e abriu portas para sua consolidação nacional.

Com 22 anos de trajetória, Preta Gil lançou ao todo seis álbuns: Prêt-à-Porter (2003), Preta (2005), Noite Preta ao Vivo (2010), Sou Como Sou (2012), Bloco da Preta (2014) e Todas as Cores (2017). Nos projetos, reuniu parcerias com grandes artistas, como Ivete Sangalo, Ana Carolina, Pabllo Vittar, Anitta, Gal Costa, o filho Francisco Gil e o pai Gilberto Gil.

Sucessos que embalaram o Brasil

Em 2023, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) divulgou o ranking das músicas mais executadas da artista nos últimos cinco anos. Entre os maiores sucessos de Preta Gil estão:

• “Ver o Mar”, de Daniel Pereira, Thiago Maximino, Luandha Militão e Max Orlando;

• “Sinais de Fogo”, parceria com Ana Carolina e Antônio Villeroy;

• “Meu Xodó”, com participação do filho Francisco Gil.

Outros hits que marcaram sua carreira incluem “Só o Amor”, “Medida do Amor”, “Decote”, “Espelhos d’Água”, “Realce”, “Meu Corpo Quer Você” e “Batom”.

Bloco da Preta e influência cultural

Criado em 2010, o Bloco da Preta se tornou um dos maiores blocos do Carnaval de rua do Rio de Janeiro, reunindo milhares de foliões e celebrando a diversidade e a liberdade.

Além da música, Preta Gil também fez história como empresária, tornando-se sócia da Mynd, agência especializada em influenciadores digitais. Nas redes sociais e na vida pública, era reconhecida pelo ativismo em defesa dos direitos das mulheres, da comunidade negra, da população LGBT+ e contra a gordofobia.

Sua morte encerra uma trajetória de muita expressão artística e luta social, mas deixa um legado que continuará inspirando gerações.

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