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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Cultura

Festival DIGO exibe cinema LGBTQIA+ com inclusão, debate e resistência

Mostras nacionais e internacionais, rodas de conversa e produções em Libras marcam a 11ª edição do evento, que acontece de 24 a 27 de julho em Goiânia

Luana Avelarpor Luana Avelar em 22 de julho de 2025
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Foto: Divulgação

A 11ª edição do DIGO – Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás acontece de 24 a 27 de julho no Centro Audiovisual de Goiânia (CAUD-MI/FUNAI). Consolidado como um dos principais espaços culturais do país voltados à visibilidade LGBTQIA+, o evento reúne filmes, mesas temáticas, espetáculos e palestras com foco em identidade, afetividade, religiosidade, juventudes trans, indígenas, periféricas e outros recortes da pluralidade de existências.

Neste ano, o festival amplia sua proposta com a Mostra DIGO Libras, composta por produções realizadas por pessoas surdas e protagonizadas em Língua Brasileira de Sinais. A iniciativa reforça o compromisso do evento com acessibilidade e representatividade, e se soma a uma programação pensada para provocar reflexão e empatia por meio da arte.

Entre as sessões mais esperadas está a estreia nacional do longa Filhas da Noite, de Henrique Arruda e Sylara Silvério, que abre o festival na quinta-feira (24). Em seguida, o público confere o curta Retomada, de Henrique Souza, produção fluminense que antecede o debate “Resistência e Identidade”, dedicado às experiências de jovens indígenas LGBTQIA+ no audiovisual.

A sexta-feira (25) será marcada por uma seleção de filmes internacionais, como Circo, do Canadá, e Lo que escribimos juntos, da Argentina, além das mostras competitivas nacionais. No sábado (26), o destaque vai para o espetáculo O Ábaco e para a mesa “Justiça Sem Estereótipos”, que discute protocolos judiciais antidiscriminatórios. O dia encerra com o filme 300letters, dirigido por Lucas Santa Ana.

No domingo (27), a Mostra Digo Libras Visual abre a tarde, seguida pela palestra “Cinema Goiano em Cannes”, que analisa o alcance internacional das produções locais. A sessão de encerramento traz o francês Queens in Finistère, e a cerimônia de premiação consagra os vencedores da edição.

Idealizado por Cristiano Sousa, o DIGO mantém sua proposta independente mesmo diante de dificuldades estruturais. “Promover um festival com essa temática no Brasil ainda é complicado. Infelizmente, vivemos em um ambiente que tem medo do diferente, que muitas vezes evita falar sobre diversidade por questões religiosas ou por puro preconceito. É um assunto que, para alguns, ainda é visto como um tabu — e isso torna nosso trabalho ainda mais necessário”, afirma.

Além das exibições, o evento dá atenção especial aos bate-papos e às atividades formativas. Entre os temas debatidos estão a criação de uma film commission em Goiás, os desafios da visibilidade LGBTI+ nas periferias e o papel da arte na formação política das juventudes.

Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla. A programação completa pode ser acessada no perfil oficial do festival no Instagram (@digofestival).

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