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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Futuro

Goiânia pode ganhar mais 100 km de transporte coletivo até 2054, aponta estudo nacional

Expansão da rede em BRT ou VLT aumentaria eficiência do sistema, com benefício a mais de 300 mil pessoas por dia na Região Metropolitana

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 22 de julho de 2025
10 fecha Leticia Oliveira Metrobus
Foto: Letícia Oliveira/Metrobus

A Região Metropolitana de Goiânia tem condições de ampliar expressivamente sua malha de transporte coletivo de média e alta capacidade nos próximos 30 anos. Um estudo do BNDES em parceria com o Ministério das Cidades revela que a Capital pode passar dos atuais 31 km para 134 km de corredores como BRT (Bus Rapid Transit) ou VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) até 2054.

Com a ampliação de 104 km, o número de usuários diários saltaria de 124,7 mil para cerca de 304 mil pessoas. A meta é garantir um sistema mais eficiente, sustentável e acessível. Além de facilitar o deslocamento da população, a medida também promete reduzir emissões de poluentes, acidentes de trânsito e desigualdade de acesso à infraestrutura urbana.

O estudo integra o 4º Boletim do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), que avaliou o potencial de 21 regiões metropolitanas brasileiras. Para o ministro das Cidades, Jader Filho, os dados servem como base técnica para o planejamento de longo prazo. “Queremos cidades mais integradas e com transporte coletivo de qualidade, principalmente para quem mais precisa.”

Segundo o BNDES, o impacto da expansão vai além da mobilidade. O presidente da instituição, Aloizio Mercadante, afirma que redes estruturadas de transporte são fundamentais para o crescimento urbano ordenado. “Um transporte coletivo eficiente melhora a economia, reduz os custos sociais e dá dignidade aos cidadãos.”

O levantamento também mostra que o percentual de moradores da Grande Goiânia vivendo a até 1 km de uma estação, medido pelo índice PNT (People Near Transit) pode passar de 13% para 36,4%. Já o índice RTR (Rapid Transit to Resident), que relaciona a extensão da rede à população atendida, subiria de 12 para 41. Com esse crescimento, Goiânia se aproxima de capitais globais como Londres (44,7) e Nova Iorque (47,7), hoje referências em mobilidade urbana.

Além do planejamento, o ENMU trabalha agora na criação de um Banco de Projetos. A ideia é identificar os 200 corredores mais promissores entre os 400 analisados, detalhando custos, viabilidade econômica e possíveis fontes de investimento. Esse banco será disponibilizado entre agosto e setembro, para orientar prefeituras e governos estaduais.

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