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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Ano conturbado

Atlético-GO vive ano conturbado e busca reação improvável

Rebaixamento, desmanche de elenco e rotação de treinadores. Dragão não se encontrou em 2025

Pedro Paulo Lemespor Pedro Paulo Lemes em 24 de julho de 2025
Atletico C.G x Cuiaba E.C. 22 04 25 Brasileirao Serie B 167
Foto: Bruno Corsino/ACG

Com o rebaixamento para a Série B definido ainda na metade de 2024, o Atlético Goianiense iniciou o ano com o que parecia ser uma rara vantagem: tempo. A expectativa era de uma reconstrução sólida, com planejamento, boas escolhas no mercado e um elenco capaz de brigar pelo título estadual e pelo retorno imediato à elite. No entanto, passados quase sete meses de 2025, o cenário é de frustração.
O time rubro-negro vive uma campanha instável na Série B, sem qualquer sinal claro de evolução. Está na 14ª colocação com 22 pontos, apenas três acima da zona de rebaixamento, e chega à última rodada do primeiro turno em clima de alerta. O futebol apresentado até aqui não empolga e tampouco indica uma virada no segundo turno, mesmo com mais uma troca no comando técnico.
A instabilidade começou ainda no Campeonato Goiano. Rafael Guanaes foi demitido após ser eliminado pelo Anápolis na semifinal. Cláudio Tencati assumiu e até mostrou bons sinais, mas deixou o clube para treinar o Juventude. Fábio Matias não teve tempo para se firmar e saiu após críticas públicas do presidente Adson Batista. Agora, a responsabilidade está com Rafael Lacerda, que terá todo o segundo turno para tentar estabilizar o Dragão, mas já começou com o pé esquerdo, após sofrer uma derrota de 3 a 0 para o Operário-PR.
O elenco, mesmo com reformulações, ainda não encontrou equilíbrio. A meta teve rodízio entre quatro goleiros. A zaga carece de uma dupla confiável. Nas laterais, a direita perdeu Marcinho e Raí Ramos, restando o regular Ruan Teixeira e o contratado a pouco tempo Valdir Júnior que ainda busca estabilidade, enquanto na esquerda a indisciplina de Romão escancarou a falta de opções.
No meio, o setor mais consistente, William Maranhão cresceu de produção e virou líder da equipe. Ezequiel Ham tenta ocupar o lugar de Rhaldney, enquanto Robert parece ter vencido a disputa pela armação. No ataque, as perdas de Marcelinho, Caio Dantas e Sandro Lima agravaram uma crise de criação e finalização. Kelvin, Federico Martínez e Daniel ainda não deram a resposta esperada.
Com nove saídas e cinco chegadas nesta janela de julho, o Atlético chega ao segundo turno pressionado, sem identidade em campo e precisando urgentemente se reencontrar. O duelo de domingo (27), às 20h30, em Goiânia, contra a Chapecoense, é mais do que a última rodada do turno, mas é o primeiro passo para definir se o Dragão vai brigar por cima… ou contra a temida parte baixa da tabela.

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