Celular acumula microrganismos e exige higienização frequente
Especialista aponta riscos de contaminação e indica cuidados corretos para a limpeza dos aparelhos
O celular acompanha os usuários ao longo do dia, circulando por diferentes ambientes e entrando em contato com superfícies potencialmente contaminadas. Esse comportamento cotidiano transforma o aparelho em um vetor de transmissão de microrganismos. Segundo a Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (ABRALIMP), o risco pode ser reduzido com práticas simples de higienização.
Heitor Mazziero, associado da entidade e especialista na área, afirma que a frequência com que os celulares são manipulados torna esses dispositivos grandes acumuladores de sujidades. “Temos o hábito de deixá-los em bancadas, bancos de carro, móveis e até no banheiro, ambientes com diferentes níveis de contaminação”, explica.
Produtos inadequados, como álcool em gel e compostos clorados, não devem ser usados. Esses materiais podem causar danos ao aparelho, como a oxidação da tela ou o comprometimento de componentes sensíveis. Mazziero recomenda o uso de álcool isopropílico 70% ou detergente neutro, aplicados com pano de microfibra. O produto deve ser aplicado no pano, nunca diretamente no aparelho, com movimentos retos e suaves.
A limpeza deve ser feita em duas etapas. A primeira remove a sujeira visível. A segunda realiza a desinfecção, o que impede a formação de biofilmes, estruturas microscópicas que dificultam a ação de desinfetantes. Segundo o especialista, a frequência da higienização deve acompanhar o uso do aparelho. “Não adianta higienizar uma vez por semana se suas mãos tocam em corrimões, maçanetas e depois direto no celular”, afirma.
O pano ideal é o de microfibra, que não agride a tela. A limpeza deve evitar movimentos circulares, que espalham a sujeira. Mazziero indica que a higienização seja incorporada à rotina, assim como o hábito de lavar as mãos. Um frasco pequeno com o produto e um pano limpo podem ser mantidos na bolsa, no carro ou em ambientes de trabalho.
O celular, por sua presença constante na vida cotidiana, exige cuidados semelhantes aos dedicados à higiene das mãos. A limpeza frequente reduz o risco de contaminação e pode ser incorporada de forma prática ao dia a dia.