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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
entretenimento global em 2025

O protagonista da vez

Dois filmes em cartaz no Brasil, presença constante nas séries de maior audiência e papel confirmado na Marvel: o astro chileno-americano domina o entretenimento global em 2025

Luana Avelarpor Luana Avelar em 4 de agosto de 2025
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Presente nos cinemas e nas maiores séries, Pedro Pascal domina a temporada. Foto: Divulgação

Em meio a um cenário saturado de lançamentos simultâneos, poucas figuras mantêm a recorrência e o magnetismo que definem o atual momento de José Pedro Balmaceda Pascal, nome de batismo do ator que se tornou referência incontornável na indústria audiovisual. A constatação é simples: onde quer que se olhe, streaming, cinema, cultura digital, ele está lá. Neste segundo semestre, o intérprete aparece em dois longas-metragens em cartaz no circuito nacional, em uma frequência rara para produções internacionais. De um lado, uma comédia romântica ambientada em Nova York, com Dakota Johnson e Chris Evans. De outro, um drama psicológico de Ari Aster, diretor conhecido por obras inquietantes. Um contraste de gêneros que apenas confirma a amplitude dramática do artista.

A construção desse protagonismo não ocorreu por acaso. A primeira exposição global veio em 2014, ao interpretar Oberyn Martell na série “Game of Thrones”. A atuação intensa e elegante o tornou imediatamente reconhecível. O que poderia ter sido um papel episódico tornou-se trampolim. Em seguida, vieram personagens mais complexos, como o agente Javier Peña em “Narcos”, o caçador de recompensas mascarado em “The Mandalorian” e, sobretudo, Joel, o sobrevivente emocionalmente devastado em “The Last of Us”, adaptação do jogo homônimo que lhe rendeu aclamação crítica e uma nova dimensão de público.

Seus personagens são marcados por silêncios densos, afetos contidos e camadas de ambiguidade. A força não reside nos gestos explosivos, mas na tensão que permanece entre o que se mostra e o que se retém. Essa maneira de ocupar a cena tem sido associada a um novo arquétipo de masculinidade em transformação, menos guiado por força bruta e mais ancorado na escuta, na dor e na hesitação. O resultado é uma presença que passa o roteiro e encontra ressonância direta com o público.

A figura pública do ator também contribui para esse lugar de destaque. Com 50 anos, sem pressa de parecer mais jovem ou mais viril, tornou-se símbolo de um charme maduro que foge aos moldes convencionais da indústria. Fora das telas, engaja-se com naturalidade em pautas sociais relevantes. Apoia causas LGBTQIA+, é próximo da irmã Lux, mulher trans e também atriz, e tem se posicionado em debates políticos que envolvem imigração e direitos civis. Esse alinhamento entre imagem artística e postura ética aprofunda sua conexão com diferentes audiências.

Não surpreende que os estúdios disputem seu nome. O ingresso no universo cinematográfico da Marvel, interpretando Reed Richards, o Senhor Fantástico, indica uma guinada estratégica por parte da maior franquia global. Trata-se de uma escolha que combina solidez técnica, carisma intergeracional e capital simbólico. Mais do que apenas atrair espectadores, a presença do ator requalifica a narrativa. Ele empresta densidade a roteiros que, por vezes, tendem à superficialidade.

A crítica especializada tem insistido em apontar o risco da superexposição. Há, de fato, um volume crescente de aparições, entrevistas e memes associados à sua figura. Mas o que ainda sustenta seu protagonismo é a qualidade das entregas. Não se trata de ubiquidade vazia, mas de um acúmulo coerente de performances marcantes. Mesmo quando secundário, desloca a atenção.

Com presença confirmada em novas produções de alto orçamento e contratos com os maiores estúdios do mundo, o ator consolida uma posição importante na indústria do entretenimento. Sua trajetória, construída com consistência e escolha criteriosa de papéis, deixa claro que o momento não é passageiro. Trata-se de um protagonismo sustentado por resultados, apelo comercial e reconhecimento crítico. Em um mercado volátil, poucos mantêm essa estabilidade. E nenhum outro nome, neste momento, ocupa tantos espaços relevantes com a mesma legitimidade.

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