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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
SAÚDE MENTAL

Estudo aponta que terapia do riso reduz ansiedade e eleva satisfação com a vida

Meta-análise internacional revela que prática influencia hormônios ligados ao estresse e ao bem-estar

Luana Avelarpor Luana Avelar em 9 de agosto de 2025
retratos de adolescentes felizes isolados

Rir pode ser mais do que um reflexo diante de algo engraçado. Segundo um estudo publicado no final de julho no Journal of Happiness Studies, a terapia do riso — também chamada de risoterapia — apresenta efeitos na redução da ansiedade e no aumento da satisfação com a vida. A prática, já utilizada como terapia complementar em pacientes com depressão e em cuidados paliativos, envolve exercícios e atividades que estimulam o riso de forma intencional, explorando o bom humor como ferramenta de saúde física e mental.

A pesquisa foi conduzida por especialistas da Universidade de Jaén, na Espanha, que realizaram uma meta-análise de 33 estudos desenvolvidos em países da América, Europa, Ásia e Oriente Médio. As investigações incluíram públicos variados: estudantes de enfermagem, pacientes em cuidados paliativos, pessoas submetidas a cirurgias ou fertilização in vitro, além de indivíduos diagnosticados com depressão ou burnout.

Entre as técnicas avaliadas, a laughter yoga — ou yoga do riso — se destacou com os resultados mais consistentes. Essa modalidade combina exercícios de respiração profunda com risadas induzidas, promovendo alterações fisiológicas capazes de reduzir o cortisol, hormônio liberado em situações de estresse, e de aumentar os níveis de endorfinas, associadas à sensação de prazer e bem-estar.

De acordo com os autores, a redução da ansiedade observada nos participantes e a elevação nos índices de satisfação com a vida indicam que a terapia do riso pode ter papel relevante como complemento a tratamentos tradicionais. O efeito não depende de estímulos externos, como piadas ou comédia, mas de técnicas que induzem o riso voluntário, o que, por mecanismos neurofisiológicos, desencadeia respostas semelhantes às provocadas pelo riso espontâneo.

O trabalho reforça a importância de intervenções não farmacológicas no cuidado com a saúde mental, especialmente em um contexto de aumento global nos índices de ansiedade e estresse. Os pesquisadores sugerem que programas institucionais e comunitários possam incorporar a risoterapia, adaptando a prática a diferentes faixas etárias e condições clínicas, como forma de ampliar o acesso a recursos de promoção de bem-estar emocional.

Para além do benefício imediato, o estudo aponta que o hábito de rir com regularidade pode contribuir para a construção de uma percepção mais positiva da vida, fortalecendo a resiliência emocional e oferecendo uma via de cuidado com baixo custo e alta aplicabilidade.

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