Recuo de Tarcísio pode ser estratégia para ser ungido candidato da direita
As opiniões são divergentes sobre o recuo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em concorrer à Presidência da República em 2026. Para os mais próximos, quando perguntados, a resposta é sempre a mesma: “Ele está focado na reeleição em 2026”. No entanto, setores econômicos e políticos acreditam que ele fez um recuo estratégico para baixar a fervura da polarização entre bolsonaristas e lulopetistas. Isso porque, ao defender o ex-presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio foi bombardeado pelo presidente Lula e por aliados de esquerda.
Para piorar o cenário, veio a taxa adicional de 40% aplicada pelo presidente Donald Trump aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Como Tarcísio está bem avaliado para a reeleição em São Paulo, o PT quer desgastá-lo visando indicar um candidato afinado com Lula para resgatar a força perdida no maior centro financeiro do país. Bem cotado para ser o candidato da direita e centro-direita, com chances de derrotar o petista alojado no Palácio do Planalto, Tarcísio passou a ser fustigado com críticas por ser amigo de Bolsonaro e seu provável herdeiro político.
Embora faça esforço para ajudar os empresários paulistas e brasileiros em geral, a esquerda não cansa de associá-lo a Bolsonaro na tentativa de corroer seu capital político como liderança da direita. Por conta desse bombardeio nas redes sociais e na mídia impressa, ele reduziu suas aparições públicas. Pode ser uma estratégia, mas, de certa forma, baixa o ânimo dos que acreditam numa derrota de Lula.
Narrativas contra Trump não ajudam Lula
As constantes narrativas contra Jair Bolsonaro e Donald Trump, elaboradas pela esquerda, pela mídia, pelo meio acadêmico e por blogueiros, não têm contribuído para aumentar a popularidade de Lula. As pesquisas mostram que Bolsonaro, mesmo inelegível, ainda é o nome preferido pela massa. Por isso, Lula deve investir muito para dividir o Centrão e se aproximar dos conservadores. No entanto, ainda não se sabe de que forma Donald Trump pode atrapalhar a vida de Lula e de seus aliados no STF.
Um vice experiente
Poucas vezes a escolha de um vice para compor a chapa da base governista foi tão disputada como para a eleição de 2026. A vaga passa pelo crivo do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o que exige um perfil afinado com o seu. Dois nomes são lembrados com mais intensidade: o do ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil), e o do presidente da Faeg, José Mário Schreiner. Ambos são experientes e carregam grande bagagem política, mas, quando o assunto é gestão pública, Paulo do Vale se destaca.
Paulo estratégico
O vice-prefeito ideal deve ser alguém que, assim como Paulo do Vale, tenha no currículo a transformação de Rio Verde, no Sudoeste Goiano, em uma referência nacional em gestão inovadora e em polo desenvolvimentista acima da média nacional. Essas credenciais, somadas à sua dinâmica como gestor público e empresarial, mostram os dois lados que um vice necessita para complementar o titular: visão estratégica e liderança. Esses são os pilares que sustentam uma boa gestão, e Rio Verde é exemplo disso.
Apoios a Joscilene
O prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL), fechou aliança com o vice-prefeito de Cidade Ocidental, José Mota, o Rony Gás, e mais dois vereadores, que vão apoiar a candidatura de Joscilene Mangão a deputada estadual.
Podcast AGM
No podcast Papo de Prefeito, canal oficial da Associação Goiana de Municípios (AGM), nesta semana, o prefeito de Hidrolândia e presidente da instituição, José Délio (União Brasil), conversou com três lideranças municipalistas: o prefeito de Paranaiguara, Barbosinha (José Carlos Barbosa), o de São Simão, Dr. Wallisson Freitas, e o deputado federal Glaustin da Fokus, ambos do Podemos.
Estupro virtual
A presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), apresentou nesta terça-feira (12), ao Colégio de Líderes, pedido para pautar o Projeto de Lei de sua autoria que inclui a modalidade de estupro virtual de adultos e vulneráveis no Código Penal. Bem antes da denúncia do influencer Felca, que colocou luz na adultização e sexualização de crianças, Renata já havia proposto o combate à violência sexual virtual, inclusive com aprovação do regime de urgência ainda em 2023.