Marconi e Wilder lançam ideias, Daniel espera que Caiado o lance
As estratégias dos pré-candidatos ao Governo de Goiás começam a marcar diferença nos rumos que as três principais campanhas terão em 2026. O vice-governador Daniel Vilela, o senador Wilder Morais e o ex-governador Marconi Perillo adotam táticas muito distintas. Obedecem ao rito de sempre, do Palácio demonstra menos disposição para tomar sol no rosto, enquanto a dupla da oposição bate perna por aí. O senador apresenta projetos para o futuro, o ex-governante grava críticas ao presente e o vice colhe o que Caiado planta.
Para Marconi e Wilder, é difícil acompanhar o ritmo de Caiado, com o qual ambos já fizeram tour pelos quatro cantos do Estado. O aparato estatal não se repete em quem está fora do poder. O governador tem 10 mil comissionados no Executivo, mais os 10 mil do Legislativo. Wilder tem meia dúzia de três ou quatro assessores políticos e Marconi conta com o exército de um homem só (ele mesmo) e de um só homem (Itamar Leão, ex-prefeito de Sanclerlândia).
Se não é fácil ombrear com o governador, é mamão com mel deixar o vice para trás. Aliás, mamão com mel, não: açúcar, palma, avelãs, leite e cacau em pó, lecitinas e aromatizante. Ou seja, a Nutella. Quando cada um nasceu, o pai de Marconi era dono de boteco, o de Wilder era roceiro, o de Daniel era deputado. Como dizem assessores palacianos, longe dos chefes: “Se muriçoca tirar sangue ali dá vergão, se formiga picar dá cirurgia e se aranha passar interna logo enquanto é tempo”.
Não é defeito de Daniel, é apenas a forma como foi criado. Wilder andou de avião pela primeira vez já estava trabalhando de engenheiro. Marconi estreou voando para carregar a mala de livros de Henrique Santillo, leitor voraz de clássicos como Shakespeare e Cervantes. “Em algumas das primeiras trocas de fraldas, Daniel já estava a bordo”, contam deputados aliados do governo