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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Venda de losartana dispara no Brasil

Mais de 250 milhões de caixas foram comercializadas em 2023

Luana Avelarpor Luana Avelar em 13 de agosto de 2025
15 MATERIA CREDITOS FreePik
Embora eficaz, a losartana não elimina a hipertensão, mas oferece um instrumento para manter a pressão sob controle e reduzir o risco de complicações cardiovasculares. Foto: FreePik

A hipertensão mantém-se como uma das doenças crônicas mais prevalentes no Brasil e a losartana, entre os medicamentos mais utilizados para seu controle, é peça central nesse cenário. Em 2023, mais de 250 milhões de caixas foram comercializadas no país, segundo o Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico da Anvisa. O volume expressivo reflete a amplitude da condição e a dependência de um tratamento contínuo.

Oferecida gratuitamente ou com desconto pelo programa Farmácia Popular, a losartana bloqueia a ação da angiotensina II, hormônio responsável pela constrição dos vasos sanguíneos e pelo aumento do volume circulante. Ao impedir esse mecanismo, promove a dilatação vascular, melhora o fluxo e reduz a pressão arterial. Também atua diminuindo a produção de aldosterona, o que reduz a retenção de sódio e água no organismo.

O uso do medicamento é indicado quando os níveis pressóricos atingem ou superam 140/90 mmHg. A hipertensão pode se manifestar por tontura, dor de cabeça ou falta de ar, mas, na maioria das vezes, não apresenta sintomas. O risco silencioso exige monitoramento regular e tratamento rigoroso, já que não há cura, apenas controle.

A prescrição inicial costuma ser de 50 miligramas diários, com ajustes graduais. Em idosos, pacientes em uso de diuréticos ou com doenças cardíacas, a dosagem pode variar, chegando ao máximo de 150 mg por dia. É comum a associação com a hidroclorotiazida para potencializar a redução da pressão.

Contraindicado para gestantes, lactantes e pessoas com comprometimento hepático, o fármaco requer avaliação médica prévia e atenção para interações medicamentosas, especialmente com drogas usadas no controle do diabetes. No combate à hipertensão, a losartana não encerra o problema, mas representa um instrumento para evitar complicações como infarto e acidente vascular cerebral.

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