Caiado desistia até das próprias candidaturas, dos outros então…
A popularidade de Ronaldo Caiado (União Brasil) varia de 82% a 90%. Seu apoio rendeu, nas eleições municipais de 2020 e 2024, no mínimo a metade transformada em votos. Por exemplo, escolheu três ex-deputados e em poucos meses fez deles prefeitos de Goiânia (Sandro Mabel), Aparecida (Leandro Vilela) e Inhumas (José Essado). O trio estava aposentado e poucos dias depois chegou ao poder. Mas agora encontra dificuldades, pois lançou Daniel Vilela (MDB) a seu vice em 2021 e, com a reeleição garantida, ele já se lançava à cabeça da chapa em 2026.
Cinco anos de campanha ininterrupta e diuturna, andando junto com o gestor que é um fenômeno de aprovação e Daniel não alcança sequer 1 terço do prestígio do padrinho. Engatinha na faixa dos 20% quando já deveria estar correndo com mais de 50% para voar em 2026. Só acelera com a marcha a ré engatada. Daniel não sai de cena, mas fica à sombra do presidenciável do União Brasil e a falta de luz própria está sendo fatal.
O melhor exemplo é o próprio Caiado. Ele nunca escondeu que pretendia ser senador e governar o Estado, como seus antepassados fizeram com louvor em 5 gerações seguidas. Está honrando a família. Tentou o governo a 1ª vez em 1994, liderou a corrida, mas ficou em 3º. Soube esperar sua vez. Em toda eleição, via as pesquisas e recuava.
Candidatou-se ao Senado na hora certa, em 2014. Eleito. Apenas 24 anos depois, em 2018, saiu a governador. Daniel saiu a 1ª vez a governador em 2014. Ficou em 2º. Não será demérito se aguardar a sua vez. Se Caiado perceber que o vice não deslancha, já que em 60 meses de pré-campanha não cresceu nem 0,5% em cada, pode fazer com ele o que fez consigo mesmo: esperar a vez.