Polícia Civil de Goiás desmantela quadrilha que aplicou mais de 150 golpes do “novo número” pelo País
A ação é parte de uma investigação que começou após uma idosa goiana perder quase R$ 120 mil no conhecido “golpe do novo número”
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (GREF) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), realizou nesta quinta-feira (14) a Operação Mirum III. A ação é parte de uma investigação que começou após uma idosa goiana perder quase R$ 120 mil no conhecido “golpe do novo número”.
Nesse tipo de golpe, criminosos se passam por parentes das vítimas por mensagens de celular, fingindo ter trocado de número, e pedem transferências bancárias. Os golpistas usam histórias falsas para convencer principalmente idosos.
A investigação revelou que o grupo criminoso tem uma estrutura bem organizada e já teria praticado mais de 150 golpes em todo o Brasil entre 2021 e 2024. Só em Goiás, dezenas de vítimas foram identificadas.
A quadrilha atua em três frentes principais como a Engenharia social: o líder do golpe conversa com a vítima, finge ser um parente e pede dinheiro. Recrutamento de “conteiros”: pessoas que emprestam suas contas bancárias para receber os valores. Lavagem de dinheiro: os valores são repassados rapidamente para outras contas e sacados, dificultando o rastreio.
A operação teve como foco principal Goiás e o Distrito Federal, mas também contou com ações no Maranhão, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Santa Catarina. Foram cumpridas 47 medidas judiciais, incluindo 23 prisões temporárias, 23 mandados de busca e o bloqueio de bens no valor de R$ 120 mil. Vinte pessoas foram presas, algumas em Goiás.
A Operação Mirum II, realizada no fim de 2023, já havia prendido um dos principais articuladores do grupo em Aparecida de Goiânia. Até agora, 51 pessoas foram identificadas como participantes do esquema.
A Mirum III contou com o apoio de outras Polícias Civis e do Ministério da Justiça. Mais de 140 policiais civis participaram da ação. Os investigados devem responder por estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.