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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Calor e maus hábitos aumentam risco de candidíase

A prevenção da doença exige atenção redobrada à higiene pessoal e à alimentação

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 18 de agosto de 2025
medica centro de recuperacao covid segurando as maos de uma paciente mais velha
Calor e maus hábitos aumentam risco de candidíase. | Foto: Reprodução/Freepik

A candidíase é uma infecção que afeta a vulva e a vagina, geralmente provocada pelo fungo Cândida Albicans. Durante os períodos de calor intenso, a prevenção da doença exige atenção redobrada à higiene pessoal e à alimentação, já que o aumento da temperatura altera a acidez vaginal e reduz a presença dos bacilos de defesa, favorecendo a proliferação do fungo. Os principais sintomas incluem coceira, inflamação, inchaço e secreção esbranquiçada e densa, resultantes do desequilíbrio da flora vaginal.

Manter a área genital limpa com água e sabonete neutro, higienizar-se de frente para trás após o uso do banheiro, evitar roupas íntimas apertadas ou de tecidos que retêm umidade e trocar maiôs ou biquínis molhados rapidamente são cuidados essenciais. Absorventes devem ser trocados com frequência, e o uso de desodorantes ou perfumes na região deve ser evitado para não comprometer o equilíbrio natural da flora.

O equilíbrio da microbiota intestinal também influencia a saúde vaginal, já que as bactérias benéficas ajudam na digestão e competem com o crescimento excessivo de fungos. Quando esse equilíbrio é perdido, pode ocorrer a proliferação de Cândida Albicans, provocando a candidíase. Alimentos com propriedades antifúngicas, como o óleo de coco, rico em ácido láurico, podem auxiliar no combate à infecção.

Alguns fatores aumentam a predisposição à candidíase, incluindo diabetes, sistema imunológico enfraquecido e uso prolongado de antibióticos, que podem reduzir a população de bactérias benéficas no intestino. Nesse contexto, os probióticos surgem como aliados, pois restauram a microbiota saudável e competem com o fungo, inibindo sua adesão às paredes vaginais. Entre eles, as cepas de Lactobacillus Crispatus se destacam por promoverem imunomodulação e reequilíbrio da flora intestinal e vaginal.

No entanto, o uso de probióticos deve ser orientado por profissionais de saúde, já que o tratamento depende da gravidade da candidíase, do grau de desequilíbrio intestinal e da presença de outras condições, como a SIBO. Além disso, uma alimentação com baixo teor de açúcar e redução de leite e derivados contribui para limitar a disponibilidade de glicose, principal substrato para a multiplicação do fungo, ajudando na prevenção e no controle da infecção.

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