Menopausa aumenta risco de dores nas articulações em mulheres acima de 45 anos
Ortopedista explica como a queda de estrogênio pode acelerar a artrose e indica formas de prevenção
A menopausa é uma fase de mudanças significativas no corpo feminino, especialmente no que se refere aos hormônios. Entre os efeitos mais relevantes está o impacto nas articulações, que podem apresentar dores e rigidez devido à diminuição do estrogênio. O médico ortopedista Isaías Chaves alerta que essa queda hormonal, típica do período, contribui para o desenvolvimento ou agravamento da artrose, doença degenerativa que desgasta a cartilagem que protege os ossos.
“O estrogênio tem efeito anti-inflamatório e atua na lubrificação e preservação das articulações. Com a diminuição desse hormônio, que geralmente começa por volta dos 45 anos, a mulher fica mais suscetível à dor, inflamações e rigidez articular”, explica Isaías.
Sintomas que exigem atenção
A artrose é uma condição crônica e degenerativa, comum nos joelhos, quadris, mãos e coluna. Em muitas mulheres, os sinais aparecem ou se intensificam durante e após a menopausa. Entre os sintomas mais relatados estão dores ao se levantar, dificuldade para subir escadas e sensação de travamento nas articulações. “Nem sempre elas associam esses sintomas à mudança hormonal”, comenta o especialista.
Outros fatores podem agravar o quadro, como histórico familiar, obesidade e sedentarismo. O excesso de peso aumenta a pressão sobre as articulações, enquanto a falta de movimento contribui para a perda de massa muscular e limita a mobilidade.
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Estratégias para prevenção e alívio das dores
Isaías Chaves recomenda uma abordagem multidisciplinar para minimizar os impactos da menopausa nas articulações.
Entre as medidas indicadas estão:
- Exercícios físicos regulares: Caminhada, pilates, hidroginástica e natação fortalecem os músculos e preservam a função das articulações.
- Fisioterapia: Técnicas de analgesia, alongamento e reeducação postural ajudam a reduzir dores e melhorar a mobilidade.
- Alimentação equilibrada: Dietas ricas em cálcio, vitamina D, ômega-3 e antioxidantes favorecem a saúde das articulações.
- Controle do peso: Reduz a sobrecarga em regiões como joelhos e quadris.
O ortopedista reforça que a dor nas articulações não deve ser encarada como algo normal. “É importante que a mulher entenda que sentir dor não é normal e que há maneiras eficazes de lidar com esse desconforto. O diagnóstico precoce e o acompanhamento com um especialista fazem toda a diferença na qualidade de vida”, finaliza Isaías Chaves.