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sábado, 6 de dezembro de 2025
Hábitos alimentares

Açúcar e adoçante: como equilibrar o consumo e preservar a saúde

Presidente da SBAN analisa impactos do dulçor no prato do brasileiro e alerta para mudanças necessárias nos hábitos alimentares

Luana Avelarpor Luana Avelar em 22 de agosto de 2025
Artigo Acucar vs. Adocante. Imagem IA

A expectativa de vida do brasileiro cresceu nas últimas décadas, mas a saúde não acompanhou o mesmo ritmo. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade (2025), o mundo não deve atingir as metas da Assembleia Mundial da Saúde para prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) até 2025, tampouco os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 2030. Essas doenças, que incluem obesidade, diabetes, câncer e problemas cardiovasculares, estão entre as principais causas de mortalidade global.

No Brasil, um dos pontos críticos é o consumo de açúcar. Dados do Ministério da Saúde mostram que o brasileiro ingere, em média, 80 gramas por dia — 64% adicionados aos alimentos e 36% presentes em produtos industrializados. O índice está acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que orienta que o consumo de açúcares livres não ultrapasse 10% do total de energia diária.

Para Sueli Longo, nutricionista especialista em Esporte e Exercício Físico e presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), a solução está na moderação e na reeducação alimentar. “A recomendação da OMS de controlar o consumo de açúcares, sódio e gordura oferece uma referência sobre os limites máximos para cada um destes componentes. Não há proibição, mas sim o controle no consumo”, destaca.

Os adoçantes surgem como alternativa para reduzir a ingestão de açúcar sem abrir mão do sabor. Longo enfatiza, no entanto, que a substituição deve ser parte de um processo mais amplo: “A ideia não é trocar um pelo outro, mas sim educar o paladar de forma que gradativamente o indivíduo consiga diminuir o apego ao açúcar e eduque o paladar”.

Segundo a especialista, os adoçantes possuem valor calórico inferior, mas não garantem, por si só, perda de peso. “O uso de adoçantes como parte de uma orientação nutricional individualizada, visando redução de peso corporal, contribui com a adesão ao planejamento alimentar e é uma estratégia para reduzir a oferta de energia”, explica.

Mais do que controlar calorias, o desafio está em repensar escolhas cotidianas. “Viver mais e com qualidade impõe a necessidade de cuidarmos de nossa saúde, desde a mais tenra idade. Muito mais do que ter um peso saudável, é preciso pensar em ter uma composição corporal saudável”, afirma.

Para a presidente da SBAN, ser saudável envolve múltiplos fatores: gerenciamento das escolhas alimentares, prática regular de exercícios, sono adequado, controle do estresse e tempo destinado ao lazer. “Se nos conscientizarmos sobre a importância destas mudanças, daremos diariamente um passo em relação à saúde e à longevidade com qualidade”, conclui.

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