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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Direito à saúde

Justiça libera recursos para garantir home care de jovem que inalou pimenta e sofreu parada cardíaca

Decisão viabiliza tratamento domiciliar de Thaís Medeiros, em estado neurológico grave desde 2023

Micael Silvapor Micael Silva em 22 de agosto de 2025
A jovem está em estado neurológico grave desde março de 2023, quando sofreu uma parada cardiorrespiratória após inalar acidentalmente uma pimenta em conserva. Foto: Reprodução
A jovem está em estado neurológico grave desde março de 2023, quando sofreu uma parada cardiorrespiratória após inalar acidentalmente uma pimenta em conserva. Foto: Reprodução

A Justiça Federal determinou a transferência de R$ 156.074,88 para a empresa CaptaMed Cuidados Continuados Ltda., assegurando a retomada do tratamento domiciliar de Thaís Medeiros de Oliveira, 27 anos. A jovem está em estado neurológico grave desde março de 2023, quando sofreu uma parada cardiorrespiratória após inalar acidentalmente uma pimenta em conserva.

Tramitando na 2ª Vara Federal Cível de Goiás, havia sido bloqueado judicialmente, mas sua liberação estava paralisada por entraves burocráticos. A transferência, efetivada em 21 de agosto, representa alívio para a família e uma vitória na luta pelo direito à saúde.

Thaís, que trabalhava como trancista, sofreu encefalopatia hipóxico-isquêmica grave devido à falta de oxigênio durante a parada cardíaca. Desde então, depende integralmente de cuidados contínuos. O atendimento domiciliar, considerado essencial para sua estabilidade clínica, havia sido interrompido por impasses administrativos e financeiros.

O advogado Camilo Bueno Rodovalho, responsável pela ação, afirmou que a decisão garante “a restauração de um mínimo de dignidade à paciente e à sua família, reafirmando o papel do Judiciário na concretização dos direitos constitucionais”.

O deputado estadual Mauro Rubem (PT), que acompanha o caso, ressaltou a importância do tratamento. “Não se trata apenas de uma questão jurídica, mas de humanidade. Thaís precisa e tem direito ao atendimento, e seguiremos atentos para que ele não seja novamente interrompido”, disse.

Dados da família mostram que, em 2024, Thaís teve apenas três reinternações hospitalares, reflexo da eficácia do home care. Para a mãe, Adriana Medeiros, o serviço é vital: “O home care não é um luxo, é o que mantém minha filha viva com dignidade”.

Enquanto celebra a decisão, a família segue promovendo campanhas nas redes sociais para arrecadar recursos complementares ao tratamento.

Leia mais:Jovem que teve reação alérgica ao cheirar pimenta completa 23 meses em tratamento

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