A proximidade do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os erros cometidos por seus filhos, principalmente Eduardo Bolsonaro que criticou aliados, ao exigir fidelidade ao projeto de anistia ao pai, afugentou a direita e a centro-direita. Preso, sem comunicação com aliados, acesso às redes sociais e isolado politicamente, os líderes da direita e centro buscam outro caminho. Cansados de esperar um sinal de apoio a um dos quatro pré-candidatos a presidente da República desse campo ideológico, decidiram não esperar o ex-presidente.

Eles perderam o medo que tinham de Bolsonaro lançar um de seus filhos como candidato a presidente e viram que essa ideia não vinga, pois a maioria da população não quer nem Lula ou alguém ligado ao bolsonarismo. Essa percepção dos eleitores foi discutida no jantar na casa do vice-presidente da nova federação politica, União Progressista, formada pelo PP e União Brasil, Antônio Rueda, na terça-feira (19/8), em Brasília, no qual participaram os principais governadores de direita e presidenciáveis. Nesse rega-bofe o nome de consenso para enfrentar Lula foi o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP). Até aí, está dentro do previsível, mas Tarcísio se mostra renitente em deixar uma candidatura à reeleição relativamente fácil, para enfrentar a guerra que será a eleição presidencial.

Amigos próximos e aliados, se dividem ao aconselhar Tarcísio: o grupo mais conservador, acha melhor disputar a reeleição. Argumentam que, em 2030, ele vai estar com 55 anos e não terá nem Lula ou Bolsonaro para monopolizar a eleição. No entanto, os aliados como os governadores de direita e líderes do Centrão, em destaque o senador Ciro Nogueira (UP-PI), têm uma visão diferente. O senador acredita que essa é a hora de Tarcísio que terá no segundo turno, o apoio de Ratinho Jr. (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (UP-GO). Enquanto isso, Lula ainda acredita que pode dividir o Centrão, notadamente se ele crescer mais nas pesquisas.

Presidenciáveis seguem sem Bolsonaro

Cansados de esperar um posicionamento de Jair Bolsonaro sobre quem ele vai apoiar, governadores presidenciáveis vão intensificar suas andanças pelo país e ocupar mais espaço na mídia. Eles perceberam que o ex-presidente, mesmo com sérias restrições de articulação política, manobra para forçar a direita a apoiar a anistia. O problema nessa estratégia é que, diante do acirramento com o STF versus Donald Trump, esse projeto não tem como avançar.

Protestos no dia 7

O 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, promete ser agitado, isto porque o PT por meio de seus diretórios estaduais, convoca filiados e apoiadores para protesto em defesa da soberania nacional. Por sua vez, os bolsonaristas e a direita, prometem o mesmo na Avenida Paulista e em várias cidades brasileiras. Como de sempre, o pastor Silas Malafaia está à frente da organização na Paulista.

País dividido

Seja quem for o vencedor da eleição presidencial, o país vai continuar dividido, mesmo com Jair Bolsonaro preso ou em uma eventual derrota/vitória de Lula, o acirramento será o maior desafio do presidente eleito.

“Saudades dele”

O ex-presidente da Alego, Jardel Sebba, tucano histórico, comentou sobre a última pesquisa Genial/Quaest que aponta o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) com 22% e Daniel Vilela (MDB) 26% na intenção de votos para o governo em 2026. “As pessoas que andam pelo interior do estado, não ficaram surpresas com esses números. O legado de Marconi, seja em obras físicas ou no campo social, está presente em todos os municípios, algo que o governador Caiado não tem”, por isso o povo tem saúdes dele”, pontua Jardel.

Delegado Prado

O deputado estadual, Delegado Eduardo Prado (PL), tem sido presença constante no interior no reforço às suas bases. Neste sábado (23), ele pernoitou em Sanclerlândia onde entregou máquinas ao município como representante do senador Wilder Morais.

Vice e aliado

O prefeito de Sanclerlândia, Z´pe Gordo, estava de licença média por 60 dias e o vice, Dr Thiago Cruvinel, os dois do PSDB fez um trabalho inovador durante esse período e entrega o cargo nesta segunda-feira (25), com aprovação em alta, conforme relata Eduardo Prado.