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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Julgamento no STF se choca com evento do 7 de Setembro

Nilson Gomespor Nilson Gomes em 4 de setembro de 2025
Foto: Gustavo Moreno/ STF
Foto: Gustavo Moreno/ STF

As poucas pessoas que foram à Praça dos Três Poderes, em Brasília, nesta quarta-feira (3) viram o cerco aos gramados e um mar de grades dificultando a circulação. O preparo antiguerra não era para impedir a chegada à sede do Supremo Tribunal Federal, onde estavam sendo julgado o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus antigos auxiliares. Os guardas confirmaram a O HOJE que o motivo é a comemoração da Independência do Brasil, neste 7 de setembro. Sim, palco e arquibancadas estão montados. Durante a audiência entre os advogados e os ministros do STF, eram poucos os transeuntes interessados na polêmica da semana.

No prédio do Congresso Nacional e em seus anexos, a correria de sempre dos engravatados que dão expediente na Câmara dos Deputados e no Senado. Reuniões nos plenários, parlamentares do governo e da oposição se confraternizando no momento de registrar o ponto com as digitais.

Nenhuma voz popular sobre o julgamento que vai condenar o primeiro chefe de Estado do Brasil por supostos crimes políticos. Além de carros de prefeituras de diversos lugares l, estacionados ali à espera de passageiros e motoristas em visita aos ministérios ao redor, nada de extraordinário.

A cobertura dos veículos de comunicação e milhões de postagens nas redes sociais passam a ideia de que os eventos comandados por Alexandre de Moraes estão sacudindo o País — só se for em outra paragem, porque na vizinhança não se percebe esse auê.

O colunista de O HOJE puxa assunto com um turista que tenta identificar as bandeiras dos Estados fincadas no meio da Esplanada. Sabia do julgamento, mas seu foco era localizar o belíssimo pavilhão de seu Pernambuco.

Quando advogados e seus staffs, jornalistas, curiosos e servidores do Judiciário deixaram o tribunal em busca de almoço, o trânsito piorou um pouco durante alguns minutos. E pronto. Alguns jovens que ganham a vida com aplicativos de mobilidade, os indefectíveis trabalhadores de Uber, buscaram clientes e comemoravam o incremento no horário.

De cinco entrevistados, quatro falaram mal dos ministros. “Não tem lógica uma moça ficar 14 anos na cadeia porque escreveu com batom naquela estátua”, disse um deles apontando a mulher de olhos vendados sob o sol frio de Brasília. Não havia com quem polemizar.

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