Kassab não larga a mão de Tarcísio e nem de Ratinho Júnior
Para os mais atentos à disputa presidencial em que estão na corrida Tarcísio de Freitas (REP-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (UB-GO), todos do campo de centro-direita, o candidato para vencer Lula é o governador paulista. Por enquanto, ele e Ronaldo Caiado (UB) são os que mais articulam junto às lideranças desse campo ideológico. Mas, ultimamente, Ratinho Júnior aparece em todas as pesquisas como o nome mais viável depois de Tarcísio de Freitas. Caso o governador paulista não receba as bênçãos de Jair Bolsonaro (PL) para se filiar na legenda e ser o candidato apoiado por ele, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, deve lançar Ratinho para presidente.
Essa engenharia de Kassab, em não largar a mão de Tarcísio e nem de Ratinho, tem como objetivo entrar na disputa presidencial com um ativo político importante, tanto para o candidato de esquerda, que deve ser Lula, ou da direita. Esse desenho do PSD em apoiar Lula em um segundo turno só se viabiliza se Tarcísio optar por disputar a reeleição em São Paulo. Mesmo assim, Kassab trabalha com duas possibilidades: brigar pela vice de Tarcísio, caso ele dispute a reeleição, ou se candidatar a governador de São Paulo.
Se nenhum desses dois objetivos se concretizar, pela natureza politica volátil do PSD, Kassab deve negociar apoio nos Estados, caso a caso e para presidente, se não for Tarcísio, a maioria do PSD fica com Lula. Embora o PSD, teoricamente, seja de centro, ter o apoio de Kassab numa candidatura presidencial significa 887 prefeituras entre os 5.569 municípios brasileiros. Um ativo que nenhum candidato a presidente despreza e que Lula ou qualquer adversário dele sonha em ter como aliado.
Costuras políticas de Valdemar Costa Nota
Sem Jair Bolsonaro nas conversas com aliados e na montagem de estratégias eleitorais, coube ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, costurar alianças políticas nos Estados. A ideia não é só apoio a candidaturas majoritárias, mas, sim, a de deputado federal. O PL quer repetir o mesmo ou ampliar a bancada federal, afinal, hoje o partido tem o maior fundo de campanha, com quase R$ 1 bilhão. Por conta dessa montanha de recursos, o PL é uma atração considerável a qualquer candidato.
Câmara aprova, mas…
… no Senado, o projeto de anistia aos ‘amotinados contra a democracia’ deve ser barrado por Davi Alcolumbre. Ele teria dado garantias ao presidente Lula que apresentaria outro projeto menos radical, um que livra as “tias do zap e pipoqueiros”, mas manteria presos os “cabeças” que estão sendo julgados pelo STF. Diante desse quadro, o cenário para o futuro do País é o pior possível.
Baixa no REP-DF
A tão anunciada e muitas vezes adiada entrega do comando do Republicanos do Distrito Federal pelo empresário Wanderley Tavares finalmente foi consumada. Em carta, Wanderlei renunciou ao cargo por não concordar com o embarque do Republicanos no governo de Ibaneis Rocha (MDB) e Celina Leão (PP).
Celina na frente…
O Instituto Paraná Pesquisas mostra que a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), ganha uma boa dianteira na corrida ao Palácio do Buriti. Ela aparece com 37,2% das intenções de votos, o dobro do 2º colocado, o ex-governador José Roberto Arruda (PL), com 16%, seguido por Leandro Grass (PV), com 9,7%, Izalci Lucas (PL), com 9%, Paula Belmonte (Cidadania), com 6%, e Ricardo Cappelli (PSB), com 5,2%.
… e o fator Arruda
Caso não haja veto do presidente Lula, o projeto que altera a Lei da Ficha Limpa coloca o ex- -governador José Roberto Arruda (PL), caso haja oportunidade, na corrida eleitoral pelo GDF.
“Dedo do PT”
Circula no meio político de Brasília a versão de que “tem dedo do PT” na suspensão da compra do Banco Master pelo BRB. Isto porque um dos primeiros a levantar a voz contra o negócio foi Geraldo Magela (PT), seguido por Ricardo Cappelli (PSB), os dois pré-candidatos ao Buriti em 2026.