O músico britânico Rick Davies, cofundador, vocalista e tecladista da banda Supertramp, morreu no último sábado (6), aos 81 anos, em sua casa, em Long Island, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pelo grupo em comunicado oficial divulgado neste domingo (7).

“A Supertramp Partnership está muito triste em anunciar a morte do fundador do Supertramp, Rick Davies, após uma longa doença. Tivemos o privilégio de conhecê-lo e tocar com ele por mais de 50 anos. Nossas mais sinceras condolências a Sue Davies”, informou a nota. A causa exata da morte não foi revelada, mas o músico lutava há mais de uma década contra mieloma múltiplo, um tipo de câncer no sangue.

Carreira e legado

Nascido em Swindon, no condado de Wiltshire, oeste de Londres, Davies iniciou sua trajetória musical como baterista, inspirado pelo lendário Gene Krupa. Mais tarde, ao migrar para o piano, encontrou sua verdadeira vocação: “De repente, as pessoas começaram a reagir a mim. Aquele instrumento simplesmente parecia certo para mim”, disse em entrevista de 1997 à revista Pop Culture Classics.

Antes de fundar o Supertramp, Davies participou de grupos como Rick’s Blues, ao lado do futuro cantor Gilbert O’Sullivan, e The Lonely Ones, banda que contou com Noel Redding, que depois se tornaria baixista do Jimi Hendrix Experience.

Em 1969, ao lado de Roger Hodgson, Richard Palmer e Robert Millar, criou o Supertramp, nome inspirado no livro The Autobiography of a Super-Tramp (1908), do escritor galês William Henry Davies. Os dois primeiros álbuns, Supertramp (1970) e Indelibly Stamped (1971), passaram despercebidos, mas a reformulação da banda levou ao sucesso mundial com Crime of the Century (1974). Nesse disco, surgiram clássicos como “Bloody Well Right”, composta por Davies, e “Dreamer”, assinada por Hodgson.

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Sucesso mundial

Ao longo da carreira, Davies coescreveu alguns dos maiores sucessos da banda, entre eles “Goodbye Stranger”, “Cannonball” e “My Kind of Lady”. O ápice comercial veio com Breakfast in America (1979), sexto álbum do grupo, que vendeu mais de 4 milhões de cópias nos Estados Unidos, rendeu dois prêmios Grammy e foi indicado a Álbum do Ano.

Mesmo após a saída de Hodgson, em 1983, Davies manteve o Supertramp ativo em diferentes formações, consolidando o nome da banda como um dos grandes ícones do rock progressivo e pop das décadas de 1970 e 1980.