Diferente de outras eleições ocorridas em Goiás, a disputa para governador em 2026 será muito acirrada. A vaga de vice para o candidato caiadista, Daniel Vilela (MDB), promete gerar emoção entre apoiadores.

Por enquanto, dois nomes se destacam: o do presidente da Faeg, José Mário Schreiner, e o do ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil). Também se fala em Adriano Rocha Lima, fiel escudeiro do governador Ronaldo Caiado e espécie de “primeiro-ministro” da governança. No entanto, Caiado não sinalizou qualquer preferência. Como a escolha do vice depende do seu aval, esses três nomes aparecem com força.

Na seara do senador Wilder Morais (PL), ainda não há anúncio oficial de pré-candidatura, mas, nos bastidores, é dada como certa sua participação na disputa. Avalia-se que Wilder não tem nada a perder, já que, em caso de derrota, seguirá como senador até 2030.

Apesar do silêncio público, seus gestos durante viagens ao interior do estado reforçam especulações. O que mais se ouve é: “Wilder será nosso governador”. Questionado, ele apenas sorri e responde: “Vamos continuar trabalhando para o desenvolvimento de Goiás”.

Do lado do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), a discussão sobre vice ainda está distante. A legenda, enfraquecida, sequer sabe em quem poderá contar como aliado. Tucanos mais experientes avaliam que seria arriscado Marconi enfrentar sozinho o bolsonarismo, que apoia Wilder, e a máquina estadual, controlada por Caiado.

Mesmo assim, seus apoiadores garantem que Marconi será candidato. Um grande evento está sendo preparado para o dia 27, em comemoração aos 30 anos de sua filiação ao PSDB, ocasião em que deve lançar oficialmente seu nome ao Palácio das Esmeraldas.

Elite política busca saída para impasse

O assunto mais comentado entre empresários e lideranças políticas é o projeto de anistia defendido por bolsonaristas. Mesmo que aprovado, avaliam que dificilmente terá efetividade prática. A estratégia é colocar em debate uma nova proposta que consiga equilibrar os interesses do Congresso e do STF.

No entanto, há incertezas sobre eventuais pressões vindas dos Estados Unidos e seus reflexos no Brasil.

Conselheiro Mandetta

Não é de hoje que o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, atua como conselheiro do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Além da amizade, Mandetta é reconhecido como analista político e profundo conhecedor do “serpentário” que move os interesses da alta cúpula do poder.

Discreto e desconhecido

Chamou a atenção de jornalistas, em um restaurante da Capital, a discrição do vice-governador Daniel Vilela (MDB). Poucas pessoas o cumprimentaram ou lhe deram atenção.

O episódio surpreendeu, já que Daniel é pré-candidato ao governo e figura conhecida na política estadual. Para analistas, o fato reforça a necessidade de fortalecer sua imagem e evitar a percepção de ser um político “desconhecido”.

“Bruno dançarino”

Em ritmo de pré-campanha para disputar uma vaga na Câmara Federal, o presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), tem feito sucesso nas redes sociais.

Em um de seus últimos posts, publicou vídeo dançando no palco da 18ª edição do Flashback Noroeste, festa de black music realizada na Avenida Mangalô, no Morada do Sol, em Goiânia. Nas imagens, interage com o público e acompanha o grupo Super Funk.

A estratégia reforça seu estilo popular e marca o início de sua caminhada eleitoral.

“Me aguarde 2026”

Como já noticiado pela coluna, um grupo de aliados do ex-presidente do Sindicato Rural de Catalão e ex-candidato a prefeito, Renato Ribeiro (PL), se reuniu com o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, nesta terça-feira (9).

Na pauta, a possibilidade de lançar Renato como candidato a deputado estadual, tendo o setor agro como base e os mais de 11 mil votos recebidos na disputa municipal.

Questionado sobre a articulação, Renato desconversou e deixou no ar:
“Só posso dizer que, me aguarde Catalão. 2026 é logo ali e podemos caminhar juntos novamente”.