Polícia Civil prende suspeito de aplicar golpe de quase R$ 300 mil contra idosa holandesa
Homem de 60 anos usava identidade falsa e manipulava emocionalmente a vítima há três anos, segundo investigações
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), prendeu nesta quinta-feira (11) um homem de 60 anos. Ele é suspeito de aplicar um golpe de quase R$ 300 mil contra uma idosa de 74 anos. A idosa vive na Holanda e possui dupla cidadania (holandesa e brasileira). A vítima, conhecida pelo envolvimento em trabalhos sociais, teria sido enganada ao longo de três anos por meio de manipulação emocional e promessas falsas.
De acordo com as investigações, o suspeito se apresentava nas redes sociais como “Nabu Badona”. A persona criada seria pecuarista de Palmas (TO), com imóveis em Goiânia e Anápolis. Para conquistar a confiança da idosa, ele se dizia benfeitor, afirmando realizar doações anuais de caminhões de arroz a instituições como a Vila São Cotolengo, em Trindade.

Ao longo do relacionamento virtual, o investigado inventou diversas histórias para obter vantagens financeiras, como a promessa de troca de imóveis que nunca existiram. As conversas revelam que ele usava justificativas evasivas, menções religiosas e falsas demonstrações de altruísmo para convencer a vítima a realizar transferências em euros por meio de empresas de câmbio.
O esquema foi descoberto após o filho da idosa perceber as inconsistências e alertá-la. Quando questionado sobre a devolução dos valores, o suspeito bloqueou a vítima em todas as plataformas de comunicação. Durante as diligências, a polícia identificou que ele já havia respondido por crimes semelhantes no Tocantins, incluindo uma ocorrência de estelionato contra outro idoso em Gurupi, além de registros por ameaças a familiares.
O homem foi preso em Aparecida de Goiânia e, em interrogatório, confessou ter se apropriado do dinheiro. A Justiça também determinou o bloqueio de valores vinculados ao caso.
A divulgação da imagem do investigado foi autorizada conforme a Lei nº 13.869/2019 e a Portaria nº 547/2021 da PCGO, para auxiliar na identificação de possíveis novas vítimas e testemunhas.
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