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sábado, 6 de dezembro de 2025
ECONOMIA

Goiás bate recorde na produção de grãos, mas falta espaço para guardar tanta colheita

O número coloca Goiás como o quarto maior do Brasil nesse quesito; mas mesmo com esse avanço, o espaço ainda não dá conta de guardar tudo

Caroline Gonçalvespor Caroline Gonçalves em 18 de setembro de 2025
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A produção de soja, principal grão do estado, cresceu 23% na safra 2024/25, saltando de 16,8 para 20,7 milhões de toneladas Foto: Reprodução/Aprosoja

O campo goiano vive um momento de ouro. Em 2025, segundo análise da Inteligência de Mercado Agropecuário da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado alcançou a marca de 17,5 milhões de toneladas de capacidade de armazenagem, distribuídas em 695 unidades.

O número coloca Goiás como o quarto maior do Brasil nesse quesito. Mas mesmo com esse avanço, o espaço ainda não dá conta de guardar tudo que vem das lavouras.

A produção de soja, principal grão do estado, cresceu 23% na safra 2024/25, saltando de 16,8 para 20,7 milhões de toneladas. O milho também teve bom desempenho, com alta de quase 26%, passando para 14,2 milhões de toneladas. Já o arroz cresceu 19%, o feijão subiu 5,6%, e outros grãos como gergelim, girassol e sorgo também aumentaram a produção.

O problema é que, nos últimos dez anos, a capacidade de armazenagem de Goiás saltou de 14,3 milhões para 17,5 milhões de toneladas, crescimento de 22,2%. O resultado, no entanto, ainda é insuficiente frente ao aumento da produção de grãos, que mais que dobrou no período, passando de 17,5 milhões de toneladas na safra 2015/16 para 36,9 milhões em 2024/25, alta de 110,7%.

 

Essa diferença preocupa, porque guardar os grãos com segurança é essencial para evitar perdas e garantir bons preços na venda. “O crescimento da produção é motivo de orgulho, mas precisamos avançar também na armazenagem, que é estratégica para toda a cadeia produtiva”, alerta o secretário estadual de Agricultura, Pedro Leonardo Rezende.

 

A gestão da armazenagem na propriedade, embora estratégica, apresenta desafios. Entre eles, o custo de implantação e manutenção, a demanda por profissionais qualificados para operação, o controle de perdas, o manejo da umidade, de pragas e insetos, além da necessidade de manter a qualidade do produto.

Armazenar não é tarefa simples. Exige investimento, manutenção, controle de pragas, umidade e mão de obra especializada. Por isso, linhas de crédito como as do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) são fundamentais. Em 2025, o fundo criou uma linha específica só para apoiar estruturas de armazenagem, um passo importante para que o sucesso no campo não vire dor de cabeça na hora da colheita.

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