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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
dicas

Dermatologista orienta sobre cuidados essenciais para manter a pele saudável

Alerta para erros comuns e ensina como cuidar de cada tipo de pele

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 17 de setembro de 2025
Cada tipo de pele exige cuidados específicos na rotina diária.| foto: reprodução/canva
Cada tipo de pele exige cuidados específicos na rotina diária.| foto: reprodução/canva

Manter a pele saudável vai além de usar cremes caros ou seguir tendências divulgadas nas redes sociais. A rotina diária de cuidados exige atenção a detalhes muitas vezes negligenciados, como o uso do sabonete adequado, a frequência de higienização e o perigo de recorrer a esfoliantes de forma exagerada. Para esclarecer dúvidas comuns e desfazer mitos que circulam no dia a dia, a dermatologista Lorena Barreto trouxe orientações práticas para quem deseja cuidar bem da saúde da pele.

Um dos primeiros passos para cuidar corretamente da pele é identificar seu tipo. Lorena explica que existem quatro classificações principais: normal, oleosa, seca e mista. “Cada pele possui características próprias que influenciam diretamente na escolha dos produtos. O erro mais comum é usar cosméticos sem considerar essa particularidade, o que pode provocar desequilíbrios e agravar problemas já existentes”, afirma.

A pele oleosa, por exemplo, apresenta brilho excessivo e tendência à acne, exigindo sabonetes e hidratantes leves, em gel. Já a pele seca tem aspecto opaco e pode descamar, necessitando de fórmulas mais cremosas e hidratantes. A pele mista combina oleosidade na zona T (testa, nariz e queixo) e ressecamento em outras áreas, enquanto a pele normal mantém equilíbrio natural. “Saber reconhecer essas diferenças é fundamental para montar uma rotina eficaz e segura”, reforça a especialista.

Escolha adequada do sabonete

Segundo Lorena, o sabonete exerce papel essencial na rotina de higiene, mas precisa ser usado com equilíbrio. “O sabonete remove impurezas, oleosidade e resíduos de poluição. No entanto, quando escolhido de forma incorreta ou usado em excesso, pode agredir a barreira natural da pele, causando ressecamento e até aumentando a produção de óleo como efeito rebote”, explica.

A especialista orienta que pessoas com pele oleosa optem por fórmulas específicas para esse tipo de pele, enquanto as que possuem pele sensível ou seca devem preferir sabonetes suaves, com agentes hidratantes. “Não existe um único produto ideal para todos. O importante é avaliar as características da pele e, sempre que possível, buscar orientação médica”, completa.

Riscos do uso de esfoliantes

Outra prática comum é o uso frequente de esfoliantes, que podem ser físicos (com grânulos) ou químicos (à base de ácidos). Lorena alerta para o risco do exagero. “A esfoliação ajuda a remover células mortas e desobstruir os poros, mas, quando feita em excesso, provoca irritação, vermelhidão e até pequenas lesões que abrem espaço para infecções”, afirma.

A recomendação é realizar a esfoliação, no máximo, uma vez por semana em peles oleosas e quinzenalmente em peles secas. Além disso, é fundamental respeitar o tipo de produto indicado para cada caso. “A internet popularizou receitas caseiras com café, açúcar ou bicarbonato, mas esses métodos são extremamente agressivos e devem ser evitados”, ressalta a dermatologista.

A importância da limpeza

Apesar de parecer uma tarefa simples, lavar o rosto exige cuidados específicos. Lorena destaca que a prática deve ocorrer duas vezes ao dia: pela manhã, para remover o excesso de oleosidade produzido durante o sono, e à noite, para eliminar resíduos de poluição, maquiagem e sujeira acumulada.

“Dormir sem lavar o rosto favorece a obstrução dos poros e o surgimento de cravos e espinhas. Por outro lado, lavar muitas vezes ao dia retira a proteção natural da pele, o que também gera desequilíbrio”, orienta.

A dermatologista lembra que a temperatura da água deve ser morna ou fria, nunca quente, para não causar ressecamento. “Pequenos ajustes na rotina fazem grande diferença no aspecto e na saúde da pele”, pontua.

Mitos e verdades

Com tantas informações disponíveis nas redes sociais, Lorena reforça a importância de separar mitos de verdades. Entre os exemplos mais comuns, ela cita a crença de que pele oleosa não precisa de hidratação. “Isso é um mito. Toda pele precisa ser hidratada, inclusive a oleosa. Existem fórmulas específicas em gel ou loção que não pesam nem aumentam a oleosidade”, esclarece.

Outro engano frequente é acreditar que tomar sol melhora a acne. Segundo a especialista, a exposição solar pode até dar a falsa impressão de secar espinhas, mas o efeito é temporário. “Com o tempo, o sol aumenta a produção de sebo e pode agravar o problema, além de trazer riscos de manchas e câncer de pele”, alerta.

Perigo de espremer espinhas

Entre os maiores alertas, Lorena reforça o risco de espremer espinhas. “Ao apertar, a pessoa não só causa inflamação mais intensa como também pode gerar cicatrizes permanentes e até infecções graves, já que a região do rosto é altamente vascularizada”, adverte.

O ideal é buscar acompanhamento dermatológico para avaliar o grau da acne e indicar o tratamento adequado, que pode incluir medicamentos tópicos, orais ou procedimentos realizados em consultório. “Com orientação correta, é possível controlar a acne de forma eficaz e sem riscos à saúde”, garante.

Orientação profissional é indispensável

Ao final, a dermatologista reforça que cada pele possui características únicas e precisa de cuidados personalizados. Embora informações disponíveis online sejam úteis, nada substitui a avaliação profissional. “Um acompanhamento médico permite definir os produtos e tratamentos mais adequados, evitando erros que podem causar danos a longo prazo”, destaca Lorena.

Ela lembra ainda que o cuidado com a pele não é apenas questão estética, mas também de saúde. “Prevenir manchas, envelhecimento precoce e doenças como o câncer de pele depende de uma rotina diária equilibrada e consciente”, conclui.

 

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