Custo dos bens importados por Goiás sobe mais de 21% no ano
A distância entre os custos de bens e mercadorias importados e os preços dos produtos exportados pelo Estado vem sendo ampliada de forma acentuada ao longo deste ano, refletindo uma tendência de encarecimento das importações e de queda para os valores recebidos pelos exportadores, considerando cada unidade embarcada rumo ao exterior. Segundo estatísticas brutas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), trabalhadas pela coluna, no acumulado entre janeiro e agosto deste ano, o avanço modestíssimo das exportações foi sustentado pelo crescimento dos volumes embarcados, já que os preços médios de cada tonelada vendida lá fora experimentou queda de 6,49% em relação aos mesmos oito meses do ano passado.
As importações, ao contrário, sofreram baixa naquela mesma comparação, explicada pela redução nos volumes comprados no exterior pelas empresas goianas, num movimento concentrado no setor de adubos e fertilizantes. Nesta área, os volumes importados baixaram de 1,405 milhão para 893,678 mil toneladas, numa queda de 36,41%, o que se compara com a elevação de 6,26% nos preços médios pagos lá fora pela tonelada do insumo. A menor entrada de mercadorias importadas, aferidas em volume, veio acompanhada pela alta de 21,41% no custo médio em dólares por tonelada despachada do exterior rumo ao Estado.
Piora nos termos de troca
Esse descompasso entre preços nas duas pontas da balança comercial do Estado gerou deterioração adicional nos chamados “termos de troca”, indicando que as empresas que operam em Goiás tiveram que pagar proporcionalmente mais para importar uma tonelada de bens e mercadorias em relação ao valor recebido por tonelada exportada. A cada um dólar recebido pelos exportadores, os importadores tiveram que desembolsar aproximadamente US$ 3,82. Analisado sob outro ponto de vista, as receitas geradas pela exportação corresponderam a 26,15% do valor desembolsado na compra de uma tonelada de produto no exterior, uma relação que havia alcançado praticamente 34% nos oito meses iniciais do ano passado – uma proporção já muito baixa. Entre janeiro e agosto do ano passado, o custo por unidade importada havia sido 2,95 vezes mais alto do que o valor recebido na exportação.
Balanço