Sete vezes Liniker no Grammy Latino
Artista divide protagonismo com Milton Nascimento, Djonga e Marina Sena
A 26ª edição do Grammy Latino, anunciada nesta quarta-feira (17), confirmou o peso da música brasileira na principal premiação da indústria fonográfica da América Latina. A cerimônia está marcada para 13 de novembro, na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas (EUA).
O grande destaque é Liniker, que disputa sete categorias. A cantora foi indicada a prêmios de maior prestígio, como Gravação do Ano, com Ao Teu Lado, Álbum do Ano, com Caju, e Canção do Ano, com Veludo Marrom. O feito a coloca como a brasileira mais lembrada pela Academia Latina da Gravação em 2025.
A lista de indicados reflete a diversidade da produção nacional. Novos nomes, como Juliane Gamboa e Sued Nunes, aparecem em Artista Revelação, categoria que tem servido de vitrine para artistas em ascensão. Marina Sena concorre em Melhor Canção em Língua Portuguesa e em Melhor Álbum Pop Contemporâneo. Djonga está entre os finalistas de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa e de Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa.
O instrumental, historicamente forte no país, marca presença com Yamandu Costa, que soma duas indicações, e Hamilton de Holanda, lembrado em Melhor Álbum de Jazz Latino. O samba e o pagode chegam representados por Alcione, Mart’nália e Zeca Pagodinho, enquanto o sertanejo aparece com Ana Castela e a dupla Chitãozinho & Xororó. Milton Nascimento retorna ao palco do Grammy em parceria com a norte-americana Esperanza Spalding, indicada a Melhor Canção em Língua Portuguesa.
No total, são 60 categorias em disputa, três delas inéditas: Mídias Visuais, Melhor Música para Mídias Visuais e Melhor Canção de Raízes. Criado em 2000, o Grammy Latino se consolidou como vitrine da pluralidade musical brasileira, reconhecendo tanto os veteranos quanto a nova geração que hoje amplia fronteiras da MPB, do pop, do samba e do rap.