A pré-campanha do presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, só se equipara à de Lídia Quinan (103.486 votos em 1994 e 120.705 em 1998), Henrique Meirelles (183.046 em 2002) e Íris Araújo (201.229 em 2006 e 185.934 em 2010), campeões para a Câmara dos Deputados nas citadas cinco eleições. Mas nem sempre o nº 1 nas urnas o foi também na gastança. Irapuan Costa Jr. (131.596) em 1982, Nion Albernaz (101.362) em 1986, Ronaldo Caiado (98.256) em 1990, Delegado Waldir em 2014 (274.625) e 2018 (274.406) e Silvye Alves (254.653) em 2022 tiveram despesas normais.

A superestrutura à disposição de Bruno supera as de Dona Íris (com o marido, Iris Rezende, prefeito de Goiânia), a de Dona Lídia e Meirelles (que bancavam do próprio bolso). Caiado jamais torrou dinheiro, muito menos do dele, em campanhas superbaratas. Waldir só gastou mesmo as pontas dos dedos postando no Instagram. Silvye é estrela das telinhas. Irapuan e Nion vinham de gestões aplaudidas como gestores do Estado e da Capital. Nenhum sequer se aproximou da infantaria de Bruno: 120 prefeitos e mais de mil cabos eleitorais que tiveram mandatos de chefes de Executivo e secretários municipais, vereadores e primeiras-damas.

Além disso, tem a estratégia de lançar as dobradinhas únicas de vereadores atuais e ex-prefeitos candidatos a deputado estadual para fazer de sua cidade um reduto de Bruno. A ideia é renderem mais do que financiar com milhões a reeleição de seus colegas. É uma pré-campanha tão colossal que ninguém crê que seja para a Câmara – se for vice de Daniel, Bruno tira votos de Marconi, satisfaz quem almeja ser deputado federal, leva partidinhos com grandes nominatas e anula uma liderança emergente.