Amígdalas, infecções virais e amigdalectomia
As amígdalas desempenham papel importante no sistema imunológico
As amígdalas desempenham papel importante no sistema imunológico. Localizadas na região posterior da garganta, são formadas por tecido linfoide que ajuda a filtrar e combater microrganismos que entram pelo nariz e pela boca. A remoção das amígdalas, conhecida como amigdalectomia, pode ser indicada em casos de infecções recorrentes ou distúrbios respiratórios do sono. A maior parte dos casos de inflamação das amígdalas, é causada por vírus. Entre os mais comuns estão o adenovírus, que provoca dor de garganta, febre e sintomas respiratórios leves; o vírus Epstein-Barr, responsável pela mononucleose, caracterizada por inflamação intensa das amígdalas, fadiga e aumento dos gânglios linfáticos; e os rinovírus e coronavírus, frequentemente associados ao resfriado comum e que podem gerar inflamação tonsilar como parte do quadro clínico.
Apesar de ter se tornado menos comum ao longo dos anos, ainda são realizados mais de meio milhão de procedimentos anualmente nos Estados Unidos, segundo dados da Cleveland Clinic. O recrescimento das amígdalas é raro. Estudos indicam que ele ocorre entre 1% e 6% dos pacientes submetidos à amigdalectomia intracapsular, técnica que remove a maior parte do tecido tonsilar. Especialistas destacam que a falta de padronização nas técnicas cirúrgicas dificulta a avaliação completa dos riscos e das nuances do procedimento.
Diversos métodos podem ser utilizados para a remoção. Entre os mais frequentes estão o microdesbridamento, que suga e raspa o tecido, e a coblação, que emprega radiofrequência para extirpar a amígdala. Alguns cirurgiões mais tradicionais ainda utilizam apenas bisturi ou outros instrumentos cortantes. A quantidade de tecido removido varia conforme o profissional, o que influencia a possibilidade de recrescimento. Esse fenômeno tende a ocorrer quando fragmentos de tecido residual sofrem nova inflamação. Quando realizada de forma completa, a amigdalectomia elimina praticamente todo o tecido tonsilar, tornando o recrescimento incomum. A recuperação tende a ser mais lenta e difícil em adultos, enquanto crianças apresentam cicatrização mais rápida, segundo especialistas.