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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
GOIÁS

Trabalho infantil atinge mais de 61 mil crianças e adolescentes no Estado

Levantamento mostra que quase 40% estavam nas piores formas de trabalho infantil

Anna Salgadopor Anna Salgado em 23 de setembro de 2025
Pesquisa Pnad Contínua aponta que 1,65 milhão de brasileiros estavam em situação de trabalho infantil em 2024
Foto: Valter Campanato/ABr

No Estado de Goiás, em 2019, havia 61.562 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil. O número representa 4,5% do total da população nessa faixa etária, que era de 1.355.273 no mesmo ano, percentual inferior à média nacional de 4,8%. Em média, essas crianças e adolescentes dedicam 22,2 horas semanais ao trabalho.

 

Entre elas, 40,1% exerciam atividades classificadas como piores formas de trabalho infantil segundo a lista TIP, alcançando 24.716 crianças e adolescentes. No grupo de adolescentes de 14 a 17 anos ocupados, 96,6% estavam em situação de informalidade, somando 52.490 pessoas.

 

O levantamento mostrou ainda que 41.902 meninos e 19.659 meninas compunham o contingente, representando, respectivamente, 68,1% e 31,9% dos ocupados. Quanto à idade, 1.611 tinham entre 5 e 9 anos (2,6%), 5.621 entre 10 e 13 anos (9,1%), 15.283 entre 14 e 15 anos (24,8%) e 39.047 entre 16 e 17 anos (63,4%). 

 

Do total, 44.553 se declararam negros (72,4%) e 17.008 não negros (27,6%). Além disso, 19,4% residiam em áreas rurais, somando 11.912, e 80,6% em áreas urbanas, totalizando 49.649.

 

As ocupações mais comuns eram ‘escriturários gerais’, com 5.252 crianças e adolescentes (8,5%); ‘balconistas e vendedores de lojas’, com 3.368 (5,5%); e ‘mecânicos e reparadores de veículos a motor’, com 3.032 (4,9%). Nas atividades desempenhadas, destacavam-se ‘serviços domésticos’, com 4.911 (8,0%); ‘criação de bovinos’, com 4.870 (7,9%); e ‘manutenção e reparação de veículos automotores’, com 3.894 (6,3%).

 

De acordo com o Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente de Goiás (Fepeti-GO), a estratégia de enfrentamento envolve mobilizar e articular sociedade civil, serviços e órgãos competentes, de modo a unir fiscalização, acolhimento, educação e oportunidades de formalização.

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