UB e PP não deixam cargos porque Ciro quer ser vice de Tarcísio ou… Lula
Por que PP e UB mantêm cargos no Governo Federal? Ninguém exige o desembarque dos quatro ministros (1 do PP, 3 do UB) e do presidente da Caixa Econômica, indicado por Arthur Lira, o dono da Câmara, o que inclui Hugo Motta. O do Turismo fez que saía, ficou, prometeu se demitir e continua lá. Seus dois colegas de ministério e de partido fingem que não é com eles e já se vão 15 dias que tinham 24 horas para se demitir. São 140 cargos de 1ª qualidade, mesmo sendo de 2º escalão, além de milhares de vagas para bagrinhos em Brasília e nos Estados.
Tudo isso pelo desejo do presidente pepista, senador Ciro Nogueira (PI), de ser vice de Lula ou do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos. Antônio Rueda, zero-um do UB, faz de conta que respeita o presidenciável da sigla, Ronaldo Caiado, enquanto espera por pesquisas: se Lula eliminar as chances de a direita voltar, o Centrão inteiro é de esquerda. Se Tarcísio crescer, fecham todos com ele, inclusive o PSD de Gilberto Kassab (tem 3 ministérios), que passa a ser o governadoriável paulista.
PP foi governo com Lula 123, Dilma 1 e ½, Temer e Bolsonaro. Vocação zero para se opor a emendas. Por isso, é factível a opção por Lula, o que destroçaria a aliança da direita, isolando o PL.
Para esta análise estar inteiramente errada, é preciso que ainda nesta semana sejam entregues os milhares de cargos, não só os 8 de primeiríssimo escalão. Se nada disso ocorrer, vão continuar onde sempre estiveram, mais grudados no poder que carrapato no sedenho.