Mãe soropositiva ataca técnica de enfermagem com seringa contaminada em hospital de BH
Profissional de 53 anos foi ferida durante coleta de sangue em um bebê de três meses e agora precisa tomar coquetel de medicamentos para evitar infecção pelo HIV.
Uma técnica de enfermagem de 53 anos foi agredida na madrugada desta segunda-feira (29) dentro do Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte. A mãe de um bebê de três meses, que é soropositiva, tomou a seringa usada durante a coleta de sangue da criança e a cravou na mão da profissional, expondo-a ao vírus HIV.
Assustada com o ataque, a trabalhadora deixou a sala imediatamente e pediu ajuda ao médico de plantão. Foi nesse momento que descobriu que tanto a mãe quanto o bebê em atendimento eram portadores do vírus. Agora, a vítima precisará tomar um coquetel de medicamentos durante 29 dias para tentar evitar uma possível infecção.
“Eu fui contaminada com a agulha que já estava dentro da veia do bebê. É um desespero muito grande. Vou precisar de acompanhamento e tomar remédio por quase um mês para não desenvolver a doença”, desabafou a técnica, ainda em choque.
De acordo com Carlos Martins, diretor da Asthemg e do Sindpros, agressões contra profissionais de saúde são recorrentes na unidade, mas ainda faltam medidas eficazes para proteger os trabalhadores.
Em nota, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo hospital, lamentou a agressão. A instituição informou que a profissional recebeu acolhimento e orientação médica logo após o ataque, além de todo o suporte para o tratamento preventivo.